APLICATIVOS MÓVEIS DE SAÚDE COMO FACILITADORES À CLÍNICA FARMACÊUTICA

Resumo

O desenvolvimento da saúde móvel (mhealth) associado a maior acessibilidade da população aos smartphones propiciaram um aumento considerável no aparecimento de aplicativos móveis (apps) direcionando condutas mais assertivas em atividades triviais, beneficiando profissionais de saúde, pacientes e instituições públicas ou privadas. O objetivo deste trabalho foi identificar e avaliar a qualidade de mhealth apps úteis para o farmacêutico clínico. Foi realizada uma busca através das lojas App Store e Google Play, utilizando como descritores: “medicamento”; “drugs”; “Farmácia”; “Pharmacy”; “interações medicamentosas”; ”drug interactions”; “efeitos adversos de medicamentos”; e “drugs side effects”, baseando-se em critérios de seleção da amostra, especialmente de Dose recomendada, Reação adversa ao medicamento e Interação medicamentosa (DoReIm). Onze apps atenderam aos requisitos de interesse, sendo Medscape®, Epocrates® e WeMEDS® os de melhor escore e, dentre os apps de língua portuguesa, o último conseguiu se destacar fornecendo informações detalhadas sobre interações medicamentosas. A utilização dessas ferramentas digitais oferece funcionalidades relacionadas à checagem de interações medicamentosas, dados toxicológicos e farmacológicos, doses recomendadas para determinadas enfermidades, são algumas que ao serem levadas em consideração que no contexto da prática clínica auxiliam o farmacêutico a se embasar em informações atualizadas e mais objetivas. Estudos prévios indicam uma maior frequência de mhealth apps na área hospitalar conferindo celeridade e segurança às práticas clínicas, estendendo essa reprodutibilidade à prática comunitária ou magistral. Diante desse contexto, apps com atributos cruciais para a prática da farmácia clínica são enaltecidos, o que requer maior visibilidade e aplicabilidade dos profissionais para maior precisão e melhores desfechos clínicos.