ESTEROIDE ANABÓLICO ANDROGÊNICO, ATUALIZAÇÕES E EFEITOS ADVERSOS:

UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Autores

  • Najla de Oliveira Cardozo Universidade Estadual Paulista
  • Bruna Mendes Fernandes Universidade Estadual Paulista
  • Cleverton Roberto de Andrade Universidade Estadual Paulista

Resumo

Nos últimos cinco anos, o uso de esteroides anabólicos androgênicos (EAA) se tornou um problema mundial, inclusive fora do círculo dos atletas de competição. O maior consumo de EAA associado a novas formas de uso e longos períodos ininterruptos produziu evidências preocupantes sobre uso não documentado e efeitos adversos. O objetivo do trabalho foi realizar revisão bibliográfica atualizada sobre Esteroide Anabólico Androgênico, incluindo efeitos adversos e formas de uso. Para tanto, realizamos busca booleana em três bases de dados: SciELO, Pubmed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) nos últimos cinco anos (2016-2021). Foram selecionados 25 estudos, muitos dos quais observacionais transversais. A prevalência de uso de EAA variou de 1,27% a 61,4%, possivelmente devido a diferenças de idade, país e tamanho de amostra nos estudos. Quanto aos efeitos adversos, comportamento agressivo (24%) e alterações no sistema cardiovascular (24%) foram frequentemente relatados. Também foi constatado em estudos em animais e em amostras clinicas que o uso de EAA em diferentes dosagens, durações e administrações pode causar efeitos adversos no sistema reprodutor assim como pode ser associado a doenças infecciosas e a transtornos mentais. Por fim, foi verificado que, devido ao aumento do consumo de EAA associado a crescente preocupação cultural com a imagem corporal, são necessários mais estudos clínicos randomizados e controlados para que sejam formuladas recomendações de conduta nos diversos aspectos que envolvem o consumo de EAA.

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Publicado

2023-07-20

Como Citar

Cardozo, N. de O., Fernandes, B. M., & Andrade, C. R. de. (2023). ESTEROIDE ANABÓLICO ANDROGÊNICO, ATUALIZAÇÕES E EFEITOS ADVERSOS:: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. BIOFARM - Journal of Biology & Pharmacy and Agricultural Management, 17(4), 755–772. Recuperado de https://revista.uepb.edu.br/BIOFARM/article/view/2304