TRIAGEM FITOQUÍMICA E ESTUDO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E TOXICIDADE DAS FOLHAS E DOS FRUTOS DE MORINDA CITRIFOLIA L. (“NONI”)

Resumo

Morinda citrifolia (“Noni”), pertencente à família Rubiaceae é originária do Sudoeste da Ásia e vem se introduzindo no Brasil devido ao seu potencial fitoterápico. O “Noni” apresenta uso popular em inflamações, tumores, dores, diabetes, dentre outros. Porém, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a comercialização de produtos que contenha qualquer componente derivado da planta “Noni” em sua formulação, devido à ausência de confirmação da segurança e eficácia da planta. O estudo visa identificar metabólitos secundários através de triagem fitoquímica, avaliar atividade antioxidante e determinar toxicidade de folhas e frutos de “Noni” contribuindo assim com estudos sobre a toxicidade desta planta. A atividade antioxidante é avaliada método de redução do radical livre DPPH (2,2Difenil-1-picrilhidrazila) e o potencial tóxico através do teste da Artemia salina. A análise fitoquímica mostrou a presença de taninos condensados, esteroides/triterpenóides e alcaloides nas folhas e flavonoides e alcaloides nos frutos. Os extratos apresentaram capacidade de sequestrar o radical DPPH, demonstrando maior atividade antioxidante nas folhas em relação aos frutos. No teste de toxicidade de A. salina os extratos dos frutos apresentaram baixa toxicidade com CL50 de 562,32μg/mL, e toxicidade moderada para o extrato das folhas com CL50 436,52μg/mL. Apesar da necessidade de maiores estudos para a liberação do uso em humanos, este trabalho contribui com dados para conferir segurança a alimentos que contenham “Noni” em sua composição.