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A concepção de Justiça em Hannah Arendt e a análise da banalização do mal no Estado Islâmico

Autores

  • João Paulo Allain Teixeira UFPE e UNICAP
  • Semiramys Fernandes Tomé Centro Universitário Católica de Quixadá - UniCatólica

Palavras-chave:

Hannah Arendt, Justiça, banalização do mal, totalitarismo, Estado Islâmico

Resumo

Hannah Arendt se apresentou na sociedade do século XX como filósofa que travou as discussões sobre a catástrofe do holocausto nazista sob uma perspectiva peculiar, o que denota autenticidade à sua discussão do que vem a ser Justiça. A pesquisa sub examine traz por norte a aferição do que poderia ser tido por Justiça segundo Hannah Arendt quando latente a banalização do mal na ótica do Estado Islâmico. Dessa forma, delinear-se-á a abordagem do ideário do justo na filosofia arendtiana, de modo a observar o que pode ser considerado por equitativo e em que vertente a Justiça se apresenta como meio opositor a inserção do arbítrio. Ademais, destacar-se-á como Hannah Arendt edifica a ideia da banalização do mal através dos enfoques do totalitarismo como novo regime delineado por meio do nazifacismo, de modo a aferir como a ausência da reflexão particular pode contribuir para a propagação da alienação massificada. Dessa forma, perpassa-se a ideia central da presente pesquisa através da abordagem da banalização do mal em face do totalitarismo no contexto social do século XXI, quando a propagação da ausência do pensar se perfaz por intermédio do fanatismo islâmico através do terrorismo proliferado pelo Estado Islâmico no cenário mundial. Verifica-se assim a possibilidade de disseminação da banalidade do mal com embasamento no Direito, mas não necessariamente sob os enfoques da Justiça, pois, segundo Arendt, a ideia de Justiça perpassa por uma concepção interna do senso ético contra o arbitrário, sendo instrumento de reflexão e, por conseguinte, de afastamento do terror.   

Biografia do Autor

João Paulo Allain Teixeira, UFPE e UNICAP

Pesquisador CNPq (bolsa produtividade em pesquisa nível 2). Doutor em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (2005). Mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (1999), Master em Teorías Críticas del Derecho pela Universidad Internacional de Andalucía, Espanha (2000), Graduado em Direito pela e Universidade Federal de Pernambuco (1995). Professor Associado da Universidade Federal de Pernambuco, Professor da Universidade Católica de Pernambuco. Avaliador "ad hoc" do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira do Ministério da Educação (INEP/MEC).integrante do Banco Nacional de Avaliadores do Sinaes - BASis para os cursos de Direito. Líder do Grupo de Pesquisa REC - Recife Estudos Constitucionais, no Diretório Geral de Grupos de Pesquisa CNPq. Estágio de pesquisa pós-doutoral no CES (Centro de Estudos Sociais) da Universidade de Coimbra, Portugal (2018). Coordenador do Doutorado Interinstitucional UNICAP (Recife, Pernambuco) / UNICATÓLICA (Quixadá, Ceará). Coordenador da Clínica Interdisciplinar de Direitos Humanos da UNICAP. Colabora com participação em bancas,palestras e atividades de pesquisa em diversos centros de pesquisa no Brasil e no exterior.

Semiramys Fernandes Tomé, Centro Universitário Católica de Quixadá - UniCatólica

Doutoranda em Direito pela Unicap. Mestre em Direito Constitucional pela Unifor. Docente do curso de Direito da Unicatólica. Membro do Grupo de Pesquisa Direito e Desenvolvimento da Unicatólica. Coordenadora da Linha de Pesquisa em Ciências Criminais e Criminologia – Crimines da Unicatólica. Pesquisadora do Grupo Casa Comum - Filosofia e Teoria do Direito na Pós-Modernidade: Poder, Conflito e Paz da UNICAP. Advogada

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Publicado

2024-09-11

Versões

Como Citar

Teixeira, J. P. A., & Tomé, S. F. (2024). A concepção de Justiça em Hannah Arendt e a análise da banalização do mal no Estado Islâmico. Revista Direito E Humanidades, 1(1), 205–220. Recuperado de https://revista.uepb.edu.br/RDH/article/view/3680