EPISTEMOLOGIA DE PROFESSORES QUE ATUAM COM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA): CAMINHOS ENTRE A TEORIA E PRÁTICA PROFISSIONAL
Keywords:
Palavras chave: Educação Inclusiva. Epistemologia. Formação de Professores. Giro ontológico.Abstract
O presente artigo aborda sobre a Epistemologia de professores que atuam com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), analisando caminhos entre a teoria e prática profissional, quando se recorre a um conjunto de explorações e distinções analítico-metodológicas que pelas intersecções com as categorias Epistemologia, Ontologia, instiga o pensar sobre a formação inicial e continuada de professores cujas configurações e produções de cada sujeito vem sendo construída em caminhos percorridos desde a ideia de multiplicidade às construções realizadas ao longo da trajetória histórica social através de modelos cunhados na história da educação brasileira que se sustenta na visão eurocêntrica, cunhada pelos processos coloniais, imperiais e não inclusivos que desvelam diferentes problemas e realidades no Sul Global. Sendo o Transtorno do Espectro Autista (TEA) condição complexa pelo caráter diaspórico, reticular, micropolítico e pós-crítico, tem sido um desafio promover espaços de reflexão sobre os padrões estereotipados de comportamento compreendidos como patológicos, reflexo de performances que excluem crianças, deixando fortes marcadores para a vida na sociedade. Essa gama de heranças arraigadas que definem a leitura de mundo dos sujeitos em suas singularidades, soma-se à falta de base mais consistente na formação inicial e contínua de professores que trabalham com crianças autistas em escolas públicas que se enquadram ao modelo de ajustamento/acomodação imposto pelas políticas públicas e não potencializam as dificuldades específicas das crianças.
References
Braidotti, R. (2018). The contested posthumanities. In: Braidotti, Rosi and Gilroy, Paul (eds) Contesting Humanities. London: Bloomsbury Academic.
Braidotti, R. (2002). Metamorphoses: Towards a Materialist Theory of Becoming. Oxford: Blackwell.
Carmo, W. L. N. (2021). Diagnóstico do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) em crianças e os impactos no âmbito familiar: análise de nuvens de palavras e similitude.
Brazilian Journal of Development, Curitiba, 7(6). Escobar, A. (2010). Territorios de diferencia: Lugar, movimientos, vida, redes. Bogotá: EnviónCollins,
Escobar, A. (2015). Territorios de diferencia: la ontología política de los “derechos al territorio” Cuadernos de Antropología Social, núm. 41. Universidad de Buenos Aires, Argentina.
Patricia H., Bilge, S. (2021). Interseccionalidade. Tradução de Rane Souza. 1. ed. São Paulo: Boitempo.
Freire, P. (1988). Extensão ou comunicação? 10 ed. Rio: Paz e Terra.
Freire, P. R. (2003). Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. 14. ed. São Paulo: Editora Olho d’Água.
Freire, P. (1986). Prefácio. In: Giroux, Henry. Teoria crítica e resistência em educação: para além das teorias de reprodução. Trad. Ângela Maria B. Biaggio. Petrópolis: Vozes.
Gatti, B. A. (2010). Formação de professores no Brasil: características e problemas. Educ. Soc.Campinas, 31(113), 1355-1379. http://www.cedes.unicamp.br
Gatti, B. A., Barreto, E. S. (Coord.). (2009). Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: UNESCO.
Collins, P. H., Patricia. (2024). Intersectionality's Definitional Dilemmas, Annual Review of Sociology.
Collins, P. H. (2019). Intersectionality as critical social theory. Durham and London: Duke University Press.
Marchi, W. R. A. et al. (2021). Políticas públicas, dos direitos às práticas sociais: o autismo na perspectiva dos profissionais.
Ocampo G., Aldo. (2017). Epistemología de la educación inclusiva. Granada: Ediciones UGR.
Ocampo G., Aldo. (2020). En torno al verbo incluir: performatividades heurísticas de la educación inclusiva. Revista Quaestiones Disputatae, 27(13).
Ocampo G., Aldo. (2023). Epistemología de la educación inclusiva o la pregunta por sus dilemas de definición. 31(66), 144-161. Doi: http://doi.org/10.18566/escr.v31n66
Simmel, G. (2006). Sociabilidade. In: Questões fundamentais da sociologia (pp. 59-82). Rio de Janeiro, RJ: Zahar.
Spivak, G. C. (2010). Pode o Subalterno Falar? Belo Horizonte: Editora UFMG. Revista Estudos Políticos, n.3, 2011/02.
Young, I. M. (2000) Justice and the politics of difference. Princeton: Princeton University Press.