PRESERVAÇÃO DE TECIDOS MOLES EM FÓSSEIS: REVISÃO DE MECANISMOS E IMPLICAÇÕES PALEOBIOLÓGICAS
Palavras-chave:
Preservação de tecidos moles, paleontologia molecular, evolução biológicaResumo
A preservação de tecidos moles em fósseis, como proteínas, vasos sanguíneos e células ósseas, tem revolucionado o campo da paleontologia. Antes restrito ao estudo de partes duras, como ossos e dentes, o avanço nas técnicas de análise molecular permitiu uma compreensão mais profunda da biologia, fisiologia e ecologia de organismos extintos. Os principais mecanismos responsáveis pela preservação de tecidos moles incluem as reações de Fenton, a deposição rápida de sedimentos e a formação de concreções minerais, que estabilizam as biomoléculas e inibem sua decomposição. Esses processos, longe de contrariarem a cronologia geológica, reforçam os métodos tradicionais de datação radiométrica e a robustez da escala temporal geológica. As implicações paleobiológicas dessas descobertas são vastas, permitindo a reconstrução da biologia celular e molecular, a compreensão do metabolismo e da fisiologia dos organismos, e o estudo das cadeias alimentares e das interações ecológicas de ecossistemas antigos. Além disso, a preservação de proteínas em fósseis fornece novas informações sobre a evolução e as adaptações fisiológicas ao longo do tempo. Essa área continua a desafiar antigos conceitos sobre a fossilização, enquanto amplia nossa compreensão sobre a história da vida na Terra e a evolução dos organismos.