ESTADO ATUAL DA LAGOQUILASCARÍASE HUMANA NO BRASIL

Autores

  • Túlio Chaves Mendes 1Universidade Estadual da Paraíba
  • Adelito Borba Farias
  • Iracy Lea Pecora
  • Maria de Fátima Ferreira Nóbrega
  • Pedrimar Alves Medeiros
  • Saulo Lima de Oliveira
  • Bruno Gutyerre Coelho dos Santos
  • Josimar dos Santos Medeiros

Resumo

Helmintos do gênero Lagochilascaris causam uma parasitose emergente, rara e potencialmente grave. Na literatura, encontram-se descritas cinco espécies do gênero, sendo Lagochilascaris minor a única associada à infecção humana. No Brasil são observados mais de 90% dos registros de lagochilascaríase humana mundial. As principais formas de contaminação é a ingestão de carne crua ou mal cozida de animais silvestres contendo larvas encistadas do parasito e/ou ingestão de larvas infectantes, juntamente com água ou alimentos contaminados com fezes de hospedeiros silvestres. Neste trabalho foi realizada uma revisão integrativa de literatura sobre o parasita Lagochilascaris minor. A busca nos bancos de dados foi realizada com a utilização do portal Capes, nas bases ScieLO, ScienceDirect e LILACS indexados nos últimos 100 anos. Um dos critérios de inclusão foi seleção de artigos com acesso ao texto completo. A busca retornou 122 publicações e depois de aplicados os critérios de inclusão e exclusão, 35 trabalhos foram selecionados para participar da pesquisa, denotando a escassez de publicações sobre o tema. A lagochilascaríase é uma doença de evolução crônica cujo processo infeccioso pode persistir por vários anos, sobretudo quando o verme se aloja no tecido subcutâneo do pescoço, seios paranasais e mastoide. O parasita realiza autoinfecção no ser humano e isso leva à cronificação da doença. A migração do parasito, por meio dos tecidos, origina lesões secundárias próximas ou distantes do abscesso inicial, formando verdadeiros túneis nos tecidos comprometidos, demonstrando que o parasito apresenta intensa capacidade de lisar os tecidos dos hospedeiros definitivos. Apesar dos avanços na pesquisa científica, esta ainda é uma parasitose emergente e pouco conhecida, até mesmo por profissionais da saúde. É necessário o conhecimento para que sejam tomadas medidas no sentido de reduzir a contaminação dos ambientes, evitando assim a disseminação dessa parasitose nos possíveis hospedeiros envolvidos.

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Publicado

2023-07-20

Como Citar

Mendes, T. C., Farias, A. B., Pecora, I. L., Nóbrega, M. de F. F., Medeiros, P. A., Oliveira, S. L. de, Santos, B. G. C. dos, & Medeiros, J. dos S. (2023). ESTADO ATUAL DA LAGOQUILASCARÍASE HUMANA NO BRASIL. BIOFARM - Journal of Biology & Pharmacy and Agricultural Management, 14(4), 226–239. Recuperado de https://revista.uepb.edu.br/BIOFARM/article/view/2139

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