PREVALÊNCIA E CONTROLE DO CARACOL GIGANTE AFRICANO (Achatina fulica) NO CÂMPUS I DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

Autores

  • Lucas Neves Honorato Gomes Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, PB
  • Flavia Shaenny de Araujo Tomaz Lima Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, PB
  • Maurício Matheus Dantas Camilo de Souza Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, PB
  • Ana Vitória Freire Almeida Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, PB
  • Lucas Rocha Medeiros Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, PB
  • João Rodrigues da Silva Junior Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, PB
  • Maria Sarajane Farias da Costa Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, PB
  • Bruno Gutyerre Coelho dos Santos Centro Universitário Maurício de Nassau, Campina Grande/PB
  • Nícia Stellita da Cruz Soares Centro Universitário Maurício de Nassau, Campina Grande/PB
  • Maria de Fátima Ferreira Nóbrega Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, PB
  • Josimar dos Santos Medeiros Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, PB

Resumo

Os helmintos capazes de acometer o sistema nervoso central são considerados neurotrópicos e comumente associados aos quadros de meningite eosinofílica. Estes helmintos não são parasitas humanos habituais, sendo seu parasitismo classificado como acidental. O parasita Angiostrongylus cantonesis era considerado exótico há alguns anos, mas sua ocorrência recente certamente está ligada a mudanças ambientais geradas pela introdução de um potencial vetor – um molusco trazido da África para servir de alimento humano – o Achatina fulica. O caracol gigante africano é encontrado tanto em áreas urbanas quanto rurais e fica muito próximo das pessoas. O objetivo deste trabalho foi verificar e controlar a presença do molusco exótico Achatina fulica no câmpus I da UEPB. Este foi um estudo transversal e experimental, com coletas de amostras no campo, que foram realizadas entre os meses de agosto de 2019 a junho de 2020. Foram selecionados 20 pontos de coleta que abrangia os arredores dos prédios do Câmpus I da UEPB, por meio de técnicas de geoprocessamento. Dos 20 pontos de coleta, só foi obtido positividade para a presença do caracol nos pontos mais ao sudeste do câmpus que corresponde aos pontos de 1 ao 6 e no ponto 17. Obteve-se um total de 1.674 de exemplares, dos quais 1.032 eram viáveis e 642 não viáveis. A literatura aponta que a melhor ocasião para capturar os moluscos é no crepúsculo e/ou dias nublados e chuvosos, pois é quando saem de seus abrigos em maior número. Sua aniquilação pode ser feita por métodos mecânicos e/ou químicos, sendo estes últimos preferenciais. Como a presença do Achatina fulica está associada ao parasita Angiostrongylus cantonesis e à ocorrência de casos graves de meningite eosinofílica, assim como constitui uma ameaça à biodiversidade por competir com espécies de moluscos locais, o seu controle é de fundamental importância para a saúde pública. O que se recomenda nestes casos é manter uma vigilância sanitária constante, inclusive com a avaliação periódica das condições ambientais, particularmente da higidez do solo, já que o câmpus da UEPB abriga não apenas estudantes e funcionários públicos, mas também serviços de saúde oferecidos a toda a população do município de Campina Grande e cidades circunvizinhas.

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Publicado

2023-07-20

Como Citar

Gomes, L. N. H., Lima, F. S. de A. T., Souza, M. M. D. C. de, Almeida, A. V. F., Medeiros, L. R., Silva Junior, J. R. da, Costa, M. S. F. da, Santos, B. G. C. dos, Soares, N. S. da C., Nóbrega, M. de F. F., & Medeiros, J. dos S. (2023). PREVALÊNCIA E CONTROLE DO CARACOL GIGANTE AFRICANO (Achatina fulica) NO CÂMPUS I DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA. BIOFARM - Journal of Biology & Pharmacy and Agricultural Management, 16(3), 346–368. Recuperado de https://revista.uepb.edu.br/BIOFARM/article/view/2215

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