Desenvolvimento de um dermocosmético facial multifuncional contendo a palha da vagem do feijão de corda (Vigna unguiculata)
Cosmético contendo a palha da vagem do feijão de corda (Vigna unguiculata)
Resumo
No Brasil, o feijão-de-corda (Vigna unguiculata) é cultivado predominantemente no sertão semiárido da região Nordeste e em pequenas áreas da Amazônia, sendo os estados do Ceará, Piauí, Bahia e Maranhão seus maiores produtores. O feijão-de-corda é um dos principais alimentos consumidos pelos brasileiros, no entanto, a palha da vagem é um subproduto com alto teor de constituintes fenólicos, representando um promissor ativo com atividade antioxidante. O aproveitamento desses resíduos provenientes do agronegócio é um dos grandes desafios atuais da indústria cosmética, constituindo-se como uma alternativa mais sustentável e com menos desperdício. A partir desses dados e da inexistência de registro do uso dessa planta na Cosmetologia brasileira, foi avaliada a aplicação do extrato aquoso da palha da vagem do feijão-de-corda (ESPV) em um creme facial multifuncional. Desta forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a atividade antioxidante, fotoprotetora e clareadora de ESPV, seguido do desenvolvimento de um dermocosmético e avaliação de sua estabilidade preliminar. Para a avaliação do efeito antioxidante de ESPV, foram empregados os métodos do DPPH e avaliação da peroxidação lipídica (TBARS); na descrição do potencial fotoprotetor in vitro UVB/UVA foi empregada a espectrofotometria; e a determinação da atividade clareadora foi realizada através do teste de inibição da tirosinase. As formulações foram desenvolvidas e caracterizadas por análise macroscópica, centrifugação, pH, viscosidade, densidade, espalhabilidade e capacidade de hidratação, com avaliação da estabilidade preliminar (25 ± 2°C, 5°C ± 2°C e 40ºC ± 2ºC) através dos mesmos parâmetros. ESPV demonstrou a presença de fenóis e de flavonoides, com boa atividade antioxidante (IC50 = 117,78 µg/mL – teste do DPPH) e um excelente valor de FPS (14,79), ainda tenha sido observado um discreto efeito clareador. As formulações desenvolvidas apresentaram cor marrom claro em todas as condições testadas, bem como odor característico e no estado semissólido. O pH, a viscosidade e os valores de espalhabilidade se mantiveram estáveis por todo o período do teste, exceto para as formulações acondicionadas em geladeira. ESPV apresentou-se como um promissor ativo cosmético fotoprotetor e com boa atividade antioxidante adequado para ser incorporado em formulações multifuncionais.
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