REVESTIMENTO PELICULAR DE COMPRIMIDOS:
MAIS UM PASSO NA COMPREENSÃO DA INFLUÊNCIA DOS DIFERENTES POLÍMEROS NA GASTRORRESISTÊNCIA
Abstract
Revestimento de comprimidos é uma prática antiga e que vem sendo aprimorada com o passar do tempo. Apresenta vantagens como a capacidade de mascarar sabores e odores desagradáveis dos fármacos, de tornar os comprimidos com melhor aparência e controlar a liberação do princípio ativo. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do revestimento pelicular com acetoftalato de celulose, hidroxietilcelulose e polivinilpirrolidona nas propriedades mecânicas de comprimidos e na capacidade de gastrorresistência. Para isto, os parâmetros avaliados foram peso médio, dureza, friabilidade e desintegração de comprimidos, além da avaliação por microscopia de força atômica (MFA). Esses ensaios foram realizados com os núcleos não revestidos e repetidos após o uso dos polímeros aplicados como revestimento único ou duplo. Os resultados demonstram que o revestimento pelicular, independentemente do polímero empregado, promoveu ligeira variação no peso médio, aumento da dureza e redução da friabilidade dos comprimidos. Entretanto, a hidroxietilcelulose e a polivinilpirrolidona não são capazes de promover os resultados desejáveis quanto à gastrorresistência, pois quando os comprimidos foram submetidos a revestimento único desintegraram-se em 1 minuto em meio ácido, sendo que deveriam permanecer íntegros por 60 minutos e, quando submetidos à revestimento duplo, não desintegraram neste tempo preconizado pela Farmacopeia Brasileira. Os resultados obtidos com o acetoftalato de celulose reafirmam sua adequabilidade para a obtenção de comprimidos gastrorresistentes, pois manteve-se íntegro em meio ácido e sofreu desintegração após 12 minutos de contato com o tampão fosfato. A MFA demonstrou rugosidade de 0,6 μm para o comprimido revestido uma única vez com o acetoftalato de celulose e de 0,26 μm para o comprimido submetido à revestimento duplo, o que pode ser entendido como uma cobertura mais homogênea e eficaz no revestimento duplo. Os resultados alertam para a necessidade de cuidado em relação à forma e ao número de vezes em que as formas farmacêuticas são submetidas ao revestimento, uma vez que isto pode ser fator determinante no perfil de desintegração dos medicamentos.
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