A TEORIA DA PARTICIPAÇÃO E A BUROCRACIA EM WEBER:

CORRELAÇÃO DE FORÇAS E ATORES ESTRATÉGICOS

Autores

  • José Inaldo Santos UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

Palavras-chave:

participação, burocracia, racionalização

Resumo

A presente pesquisa traça um paralelo, a partir de uma revisão bibliográfica, entre a teoria da participação e a teoria da burocracia
em Max Weber. O trabalho teve como objetivo descrever o que é participação, o que são os espaços institucionalizados
de participação, bem como os elementos que fundamentam a teoria da burocracia em Max Weber. A partir da análise sobre
participação, percebe-se a potencialidade de atuação dos atores estratégicos para a elaboração de políticas públicas, bem como
a necessidade de analisar a participação a partir dos espaços nos quais ela ocorre. A teoria da burocracia de Max Weber advém
do processo de racionalização da vida moderna, no qual o Estado, para sua atuação, carece de um aparato burocratizado para
seu funcionamento. Este artigo explora o desenvolvimento teórico sobre burocracia para traçar a relação entre os elementos
desta com a teoria da participação, destacando os espaços institucionalizados de participação como altamente racionalizados
e burocratizados. Conclui que a atuação nesses espaços ocorre dentro dos limites do aparato burocrático estatal, seguindo a
formalidade; os limites legais; respeitando a impessoalidade e publicidade dos atos, bem como o registro documental das atas,
que são elementos característicos da teoria da burocracia de Max Weber.

Biografia do Autor

José Inaldo Santos, UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

inaldoacs@gmail.com

Referências

BRASIL. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de Saúde da Comunidade. Saúde

da Família: uma estratégia para a reorientação do modelo assistencial. 2.ed. Brasília: Ministério da

Saúde, 1998

CABRAL, João Francisco Pereira. “A definição de ação social de Max Weber”; Brasil Escola.

Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/a-definicao-acao-social-max-weber.htm.

Acesso em 26 de dezembro de 2020.

CORTES, Soraia M. Vargas. Fóruns participativos e governança: uma sistematização das contribuições

da literatura. In: LUBAMBO, Catia; COÊLHO, Denilson Bandeira & MELO, Marcos André

(org.). Desenho institucional e participação política, experiências no Brasil contemporâneo. 2005.

COSTA, N. R.; MINAYO, C. S.; RAMOS, C. L.; STOTZ, E. N. (Org.). Demandas populares, políticas

públicas e saúde. Petrópolis: Vozes, Abrasco, v.1. c.3, 1989.

FRAGA, Vitor Galvão. Os três tipos de dominação legítima de Max Weber. Revista Jus Navigandi,

ISSN 1518-4862, Teresina, ano 18, n. 3791, 17 nov. 2013. Disponível em: https://jus.com.br/

artigos/25863. Acesso em: 26 dez. 2020

GAMARRA JÚNIOR, J. S. Controle social na saúde: desafios e perspectivas. In: MACHADO, P.

H. B.; LEANDRO, J. A.; MICHALISZYN, M. S. (Org.). Saúde coletiva: um campo em construção. Curitiba:

Ibpex, 2006. p. 149-176.

LOPES, JRB. Sociedade industrial no Brasil [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas

Sociais, 2008, 168p. ISBN: 978-85-9966-277-9. Available from SciELO Books

scielo.org>

NOBRE, Marcos. Participação e deliberação na teoria democrática: uma introdução. In NOBRE,

Marcos; COELHO, Vera S. Participação e deliberação: teoria democrática e experiências institucionais

no Brasil contemporâneo. São Paulo: Editora 34, 2004.

OLIVEIRA, Gergina Alves. A Burocracia Weberiana e a Administração Federal Brasileira. Rev.

Adm. Pública vol.70 no.2 Rio de Janeiro jul./ dez. 1970

RODRIGUES, Lucas de Oliveira. “Introdução à teoria de Max Weber”; Brasil Escola. Disponível

em: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/introducao-teoria-max-weber.htm. Acesso em 26 de

dezembro de 2020

SOUZA, Celina. Sistema brasileiro de governança local: inovações institucionais e sustentabilidade.

In: LUBAMBO, Catia; COÊLHO, Denilson Bandeira & MELO, Marcos André (org.). Desenho

institucional e participação política, experiências no Brasil contemporâneo. 2005.

THIRY-CHERQUES, Hermano Roberto. Max Weber: o processo de racionalização e o desencantamento

do trabalho nas organizações contemporâneas. Rev. Adm. Pública vol.43 no.4 Rio de

Janeiro July/Aug. 2009

WEBER, M. Metodologia das ciências sociais – Parte 2. São Paulo: Cortez Editora; Campinas,

SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 2001.

WEBER, Max. A objetividade do conhecimento na ciência social e na ciência política. In: Metodologia

das ciências sociais. São Paulo: Cortez, 2015.

Arquivos adicionais

Publicado

30-08-2023

Como Citar

SANTOS, J. I. A TEORIA DA PARTICIPAÇÃO E A BUROCRACIA EM WEBER:: CORRELAÇÃO DE FORÇAS E ATORES ESTRATÉGICOS. QUALITAS REVISTA ELETRÔNICA, [S. l.], v. 22, n. 1, p. 1–11, 2023. Disponível em: https://revista.uepb.edu.br/QUALITAS/article/view/2562. Acesso em: 27 abr. 2024.