MECANISMOS DE COOPERAÇÃO DAS CIDADES-BRICS E SEUS DESAFIOS URBANOS

Autores

  • Rafaela Mello Rodrigues de Sá
  • Leandro Bernardes Borges

DOI:

https://doi.org/10.29327/252935.12.2-9

Resumo

O presente artigo tem como objetivo mapear as iniciativas de cooperação em rede das Cidades-BRICS, entre 2008 e 2018, como estratégia de inserção internacional de megacidades e de orientação das transformações socioespaciais urbanas. Este estudo faz suscitar, portanto, o dilema da descentralização do poder do Estado, o qual traz a controvérsia de que aspectos importantes da política internacional assumem dimensões locais e internas, ao passo que, circunstâncias da política interna assumem cada vez mais dimensões internacionais. Desta maneira, o que é discorrido se pauta em relacionar as novas formas de atuação de cidades no sistema internacional com o fenômeno da globalização. Inicialmente, adota-se a abordagem de história urbana para se compreender a formação de Megacidades e cidades globais. Em seguida, dedica-se a investigar a formação de redes de cidades e suas sistemáticas de cooperação. Uma terceira seção aprofunda-se nos debates sobre as funções da cidade, tendo como enquadramento temático o agrupamento BRICS. E, por fim, centra-se na identificação de eventos e mecanismos de cooperação promovidos por cidades dos países que compõem os BRICS. 

Referências

BOCAYUVA, P. C. C., VELOSO, S. (2012) Cidades-BRICS e o fenômeno urbano global. Carta Internacional, 6 (2): 55-75.

BOCAYUVA, Pedro C. C.; VELOSO, Sérgio; SILVA, Monise R. V. (2012) Cidades BRICS. Policy Brief. Núcleo de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade, BRICS Policy Center/Centro de Estudos e Pesquisa BRICS.

BUGLIARELLO, George. (1999) Megacities and the Developing World. Urban and Engineering. 29 (4).

CAPELLO, Roberta. (2000) The City Network Paradigm: Measuring Urban Network Externalities. Urban Studies, SAGE Publications, 37 (11): 1925–1945.

CASTELLS, Manuel; BORJA, Jordi. (1996) As Cidades como atores políticos. Novos Estudos. CEBRAP, 45: 152-166.

CHINA (2011). Primeiro Fórum de Cooperação entre Cidades Irmãs e Governos Locais do BRICS é aberto no sul da China, publicado em [http://br.china-embassy.org/por/szxw/t883788.htm]. Disponibilidade: 06/11/2019.

CHINA (2017). 2017 BRICS Friendship Cities and Local Governments Cooperation Forum Successfully Held, publicado em [http://en.cpaffc.org.cn/content/details15-49675.html]. Disponibilidade: 28/10/2019.

CHINA (2011). The First BRICS Friendship Cities and Local Governments Cooperation Forum Successfully Held, publicado em [http://en.zghuizhixin.com/content/details15-49674.html]. Disponibilidade: 06/11/2019.

COHEN, Benjamin. (2008) International Political Economy: An Intellectual History. Princeton University Press.

Confederação Nacional de Municípios (CNM) (2016). CNM representa Municípios no 3º Fórum de Urbanização dos Países BRICS, publicado em Cnm.org.br [https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/cnm-representa-municipios-no-3-forum-de-urbanizacao-dos-paises-brics]. Disponibilidade: 09/11/2019.

COX, Robert. (1992) Globalization, Multilateralism, and Democracy.

CURTIS, Simon. (2016) Cities and Global Governance: State Failure or a New Global Order? Millennium: Journal of International Studies, 44 (3): 455–477.

DANTAS, Mariana; HART, Emma. (2020) O Urbano e o Global na Era Moderna em uma Perspectiva Comparativa. Almanack, Guarulhos, 24.

Durban Declaration (2013). Friendship Cities and Local Government Cooperation Forum. Global Summitry Project.

FIGUEIREDO, Carolina Vilela, WALL, Ronald. (2013) Cidades-BRICS competitividade: uma leitura da competitividade das principais cidades-BRICS através da rede urbana de investimentos estrangeiros diretos. In VELOSO, Sérgio. As Cidades e os BRICS – BRICS Policy Center.

FLEMES Daniel. (2010) O Brasil na iniciativa BRIC: soft balancing numa ordem global em mudança? Revista Brasileira de Política Internacional. 53 (1): 141-156.

FRANCO JR, Hilário. (2001) A Idade Média: O Nascimento do Ocidente - 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Brasiliense.

FUNARI, Pedro P. (2002) Grécia e Roma. Repensando a História. São Paulo: Contexto.

HARVEY, David (2005) A Produção Capitalista do Espaço. Coleção Geografia e Adjacências. São Paulo. Do administrativo ao empreendedorismo: a transformação da governança urbana no capitalismo tardio.

HURRELL, Andrew. (2009) Os Brics e a Ordem Global. FGV Editora.

INDIA (2016). Leaders of BRICS countries to discuss urban transition in emerging smart city of Visakhapatnam, publicado em [https://pib.gov.in/newsite/PrintRelease.aspx?relid=149720]. Disponibilidade:10/11/2019.

KEITH, Michael. (2016) Building the BRICs: How can developing countries plan the cities of the future? City Metric, publicado em [https://www.citymetric.com/politics/building-brics-how-can-developing-countries-plan-cities-future-2556]. Disponibilidade: 01/11/2019.

KEOHANE, Robert; NYE, Joseph. (1988) Power and Interdependence. 3° Edição, Editora Longman Classics.

KEOHANE, Robert; NYE, Joseph. (1977) Transnational Relations and World Politics: an Introduction. International Organization. Transnational Relations and World Politics. 25 (3): 329-349.

LEFEBVRE, Henry. (2002) A Revolução Urbana. Editora UFMG. Belo Horizonte.

Mumbai First (2016). BRICS Friendship Cities Conclave 2016, publicado em [https://mumbaifirst.org/brics-friendship-cities-conclave-2016/]. Disponibilidade: 09/11/2019.

PINTO, Fabiana R. D. (2011) Rede Mercocidades na Cooperação Descentralizada: Limites e Potencialidades. Tese de Doutorado em Relações Internacionais, apresentada ao Departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Orientador: Luiz Eduardo Waldemarim Wanderley).

PLATÃO (2001). República. Tradução Maria Helena da Rocha Pereira. 9. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbbenkian.

SANTOS, Milton. (2002) Por uma outra Globalização: do pensamento único à consciência universal. 9ª edição, Rio de Janeiro/São Paulo: Record.

SARFATI, Gilberto. (2005) Teoria das Relações Internacionais. São Paulo: Saraiva.

SASSEN, Saskia. (1991) The Global City: New York, London and Tokyo. Princeton University Press.

SATO, Eiiti. (2000) A agenda internacional depois da Guerra Fria: novos temas e novas percepções. Revista Brasileira Política Internacional, Brasília, 43 (1):138-169.

SOUTH AFRICA (2018). Declaration: BRICS Local Friendship Cities, Local Government and Urbanisation Forum 2018. África do Sul, publicado em [http://www.cogta.gov.za/?p=4580]. Disponibilidade: 28/10/2019.

SOUZA, Natália M. F.; WERNECK, Mariana. (2011) Mecanismos de Cooperação entre Cidades no âmbito dos BRICS. BRICS Monitor, BRICS-Urbe, BRICS Policy Center, IRI - PUC RIO.

STUENKEL, Oliver. (2013) A tale of five BRICS sister cities, publicado em Post-Western World [https://www.postwesternworld.com/2013/06/09/a-tale-of-five-brics-sister-cities/]. Disponibilidade: 18/10/2019.

STUENKEL, Oliver. (2017) BRICS: o futuro da ordem global. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra.

TAYLOR, Peter J. (2001) Specification of the World City Network. Geographical Analysis, 33 (2), Ohio State University, April.

UN-Habitat (2011). Cities and Climate Change: Global report on Human Settlements, publicado em [https://unhabitat.org]. Disponibilidade: 29/11/2020.

United Nations (UN). (2018). Revision of World Urbanization Prospects. Department of Economic and Social Affairs.

VELOSO, Sérgio, JOBIM, André. (2013) Parceria Público-Privada e a agenda de atratividades de capital nas cidades-BRICS. In VELOSO, Sérgio. As Cidades e os BRICS – BRICS Policy Center

VELOSO, Sérgio. (2014) Cidades-BRICS e a questão da mobilidade social: atração do capital e o direito à cidade. BPC Policy Brief, 4 (8), março.

XAVIER, Renato. (2015) Os megaeventos esportivos, sua força e seu legado, publicado em: [https://neai-unesp.org/os-megaeventos-esportivos-sua-forca-e-seu-legado/]. Disponibilidade: 01/11/ 2019.

YANRONG, Zhao, CHUANJIAO, Xie. (2011) BRIC cities agree to boost cooperation, publicado em Chinadaily.com.cn [http://www.chinadaily.com.cn/cndy/2011-05/19/content_12537012.htm]. Disponibilidade: 29/10/2019.

Downloads

Publicado

2022-08-23

Edição

Seção

Artigos