COORDENAÇÃO CIVIL-MILITAR EM OPERAÇÕES DE PAZ DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS: CARACTERÍSTICAS E DESAFIOS
Palavras-chave:
Resolução de Conflitos, Operações de Paz da ONU, Coordenação Civil-MilitarResumo
A incorporação mais prolífica de atores civis às operações de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) a partir da década de 1990 gerou demandas por maior coordenação das atividades desempenhadas por diferentes componentes de uma missão. A elaboração de um conceito operacional para as funções de Coordenação Civil-Militar (CIMIC) orientou esforços para incrementar interações cooperativas entre atores cujas ações e interesses tendem a ser diametralmente distintos. No presente artigo, exploramos as principais características e desafios do conceito de Coordenação Civil-Militar da Organização. Para tanto, recorremos à análise de conteúdo da documentação e da bibliografia especializada, buscando realçar as principais características e os desafios recorrentes entre as funções de Coordenação Civil-Militar nas operações de paz da ONU. Argumentamos que a coordenação entre atividades civis e militares é um instrumento fundamental para a aquisição do apoio de atores locais à causa interveniente. Compreendemos que a conceptualização das funções de CIMIC constituiu um passo inicial em direção ao estabelecimento de relações cooperativas entre os atores mobilizados em um projeto de paz engendrado pela ONU. Indicamos, entretanto, a demanda por ações mais precisas para incrementar as interações entre atores civis e militares.
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