Racialização nas fronteiras
crianças ucranianas e a biopolítica nas migrações
DOI:
https://doi.org/10.29327/252935.14.1-7Palavras-chave:
Biopolítica nas migrações, Crianças, Direitos Humanos, Guerra na UcrâniaResumo
Este artigo objetiva debater, a partir do fluxo migratório ucraniano, sob quais formas a racialização das fronteiras e a biopolítica nas migrações atingem as crianças migrantes. Os objetivos específicos são: contextualizar a guerra na Ucrânia e os fluxos migratórios ucranianos; apresentar a normativa de proteção a crianças e adolescentes em contextos armados; e debater a racialização das fronteiras e a biopolítica nas migrações, a partir da situação das crianças ucranianas. O problema de pesquisa formulado foi: considerando o fluxo migratório proveniente da guerra na Ucrânia, sob quais formas a racialização das fronteiras e a biopolítica nas migrações atingem as crianças migrantes? Partiu-se da hipótese de que a migração das crianças ucranianas – ainda que igualmente violadora de direitos – se difere da migração de crianças provenientes dos países que integram as chamadas migrações não-desejadas, operando a biopolítica também sobre as vidas das crianças em movimento. O método de abordagem foi o dedutivo e o método de procedimento, monográfico. Foram utilizadas as técnicas de pesquisa bibliográfica e documental. Os resultados revelaram que a racialização das fronteiras e a biopolítica nas migrações atingem, direta e substancialmente, as crianças migrantes, determinando quem entra e quem receberá maior proteção social no país de destino.
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