ATORES E PROCESSOS DA ECOLOGIA POLÍTICA INTERNACIONAL
Palavras-chave:
Atores e processos da ecologia política internacional, Ciberativismo, Desobediência civil, Demonstração pública, Sociedade civil globalResumo
O artigo propõe um modelo metodológico de análise da ecologia política internacional a partir da reflexão de que a dimensão de politização da temática da ecologia constitui um dos maiores processos do fenômeno da globalização, num ritmo dinâmico e dialético em função da democratização e diversificação das redes de comunicação (ciberativismo). O material empírico de análise engloba o papel simbólico dos atores e dos processos da ecologia política internacional por meio de estratégias de demonstração pública (public demonstration), especialmente de desobediência civil de ONGs ambientalistas internacionais, cientistas e grupos de ativistas que compõem a sociedade civil global. O artigo sublinha o papel dos atores internacionais da ecologia política no seu contínuo processo de agir comunicativo de seus propósitos para influenciar o rumo da civilização.
Referências
A RIO + QUE NÃO QUEREMOS (2012). Publicada em
[https://www.sosma.org.br/10076/o-futuro-que-nao-queremos/]. Disponibilidade:
/04/2017.
ACSELRAD, H. (2013). Desigualdade ambiental, economia e política. Revista
Astrolabio, 11.
ACSELRAD, H.; MELLO, C.C.A; BEZERRA, G.N. (2009). O que é justiça
ambiental. Rio de Janeiro: Garamond.
ALEXANDRE, A. F. (2016a). Ambientalismo no Brasil: memória e cultura política . In
LOUREIRO, C. F.; SÁNCHEZ, C.; ACCIOLY, I.B. & COSTA, R.N. (Orgs.).
Pensamento ambientalista numa sociedade em crise. Rio de Janeiro: NUPEM/UFRJ.
________ (2016b). L ́écologie politique au Brésil. Paris: L ́Harmattan.
ALIER, J. M. (1998). Da economia ecológica ao ecologismo popular. Blumenau: Ed.
FURB.
_______. (2010). O ecologismo dos pobres. Rio de Janeiro: Contexto.
AN ECOSOCIALIST MANIFESTO (2001), publicado em Ozleft
[http://members.optushome.com.au/spainter/Ecosocialist.html]. Disponibilidade:
/04/2017.
BECK, U. (1992). The risk society: Towards a new modernity. Londres: Sage.
BECK, U,; GIDDENS, A.; LASH, S. (1995). Reflexive Modernization. Politics,
Tradition and Aesthetics in the Modern Social Order. London : Polity Press.
BELL, D. (2000). A cultura política da sustentabilidade. In KRISCHKE, P. (Org.).
Ecologia, juventude e cultura política. Florianópolis: Ed. UFSC.
CAFIN, P. e STAIME, P. (2015). Climat : 30 questions pour comprendre la
Conférence de Paris. Paris : Les Petits matins.
CARDON, D. ; GRANJON, F. (2013). Médiactivistes. Paris: SciencesPo Les Presses.
CASTELLS, M. (2007). Communication, power and conter-power in the network
society. International Journal of Communication, 1: 238-266.
______. (2013a). Communication et pouvoir. Paris : Éditions de la Maison des
Sciences de l ́Homme.
_______ (2013b) La sociabilidad real se da hoy en Internet. Entrevista ao Jornalista
Horacio Bilbao, publicada em Clarín.com,
[http://www.revistaenie.clarin.com/ideas/Manuel-Castells-sociabilidad-real-hoy-
Internet_0_967703232.html]. Disponibilidade: 20/11/2016.
CATTANI, A. D. (2003). A outra economia. Porto Alegre: Veraz.
COHEN, J. (2003). Sociedade civil e globalização: repensando categorias.: Revista
Dados, 46 (3): 419-459. ECKERSLEY, R. (1992). Environmentalism and Political
Theory: toward and ecocentric approach. London: UCL Press.
FILLIEULE, O. ; TARTAKOWSKY, D. (2013). La manifestation. Paris: SciencesPo
Les Presses.
GIDDENS, A. (1990). As consequências da modernidade. São Paulo: Editora da
UNESP.
GLOBAL WITNESS (2017). Publicado em [https://www.globalwitness.org/en/].
Disponibilidade: 14/04/2017.
GREENPEACE (2008a). Lista vermelha de bolso, publicada em Greenpeace Portugal
[http://www.greenpeace.org/portugal/pt/relatorios/Lista-vermelha-de-bolso-leva-a-
sempre-contigo]. Disponibilidade: 14/04/2017.
______ . (2008b). Modelo de política sustentável e responsável de peixe para
supermercado, publicado em Greenpeace Portugal,
[http://www.greenpeace.org/portugal/pt/O-que-fazemos/Campanha-Dos-Oceanos-
Mercados-em-Portugal/FAQ/]. Disponibilidade: 14/04/2017.
______. (2010). Activistas da Greenpeace bloquearam a entrada do Pingo Doce
do Cais do Sodré em Lisboa, publicado em Greenpeace Portugal
[http://www.greenpeace.org/portugal/pt/noticias/Activistas-da-Greenpeace-bloquearam-
a-entrada-do-Pingo-Doce-do-Cais-do-Sodre-em-Lisboa/]. Disponibilidade: 14/04/2017.
GRAJEW, O. (2011). O Fórum Social Mundial e as surpresas. Folha de S. Paulo, 25 de
março de 2011. Publicado em
[http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2503201107.htm]. Disponibilidade:
/12/2016.
GRAMSCI, A. (1999-2002). Cadernos do cárcere. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira.
HABERMAS, J. (1981). New social movements. Télos, (49):33-37..
________(1984). Técnica e ciência como ideologia. Lisboa: Edições 70.
________(1997). Direito e democracia: Entre facticidade e validade, vols. I e II. Rio
de Janeiro: Tempo Brasileiro..
HAYES, G. ; OLLITRAULT, S. (2013). La désobéissance civile. Paris: SciencesPo
Les Presses.
INGLEHART, R. (1997). Modernization and postmodernization: cultural, economic
and political change in 43 societies. Princeton: Princeton University Press.
JOURNES, C. (1979). Les idées politiques du mouvement écologique. Revue française
de science politique, 29 (2) : 230-254.
KRISCHKE, P. (Org.). (2000). Ecologia, juventude e cultura política: a cultura da
juventude, a democratização e a ecologia nos países do cone sul. Florianópolis: Editora
UFSC.
LATOUCHE, S. (2004). Desenvolvimento é insustentável. Revista IHU On-line, 100,
de maio.
_______(2012). O desafio do decrescimento. Lisboa: Piaget.
LEFF. E. (2001). Epistemologia ambiental. São Paulo: Cortez.
LEIS, H. (1991). Ecologia e Política Mundial. Rio de Janeiro: Vozes.
______. (1996). O labirinto: ensaios sobre ambientalismo e globalização. São Paulo-
Blumenau: Editora da Furb e Editora Gaia.
MARCUSE, H. (1999). Eros e civilização. Uma interpretação filosófica do
pensamento de Freud. Rio de Janeiro: LTC.
MORIN, E. (1996). O problema epistemológico da complexidade. Portugal: Europa-
América.
OGIEN, A. (2015). Democracia como reivindicação e como forma de vida. Revista
Internacional Interdisciplinar INTERthesis, 12 (2): 279-300, jul/dez.
OGIEN, A.; LAUGIER, S. (2014). Le principe démocatie: enquête sur les nouvelles
formes du politique. Paris: La Découverte.
PATERSON, M. (2000). Understanding global environmental politics: domination,
accumulation, resistance. Ottawa: Macmillan.
RAWLS, J. (1992). Justiça como equidade: uma concepção política, não metafísica.
Lua Nova, 25.
ROSENTAL, C. (2011). Eco-demos: using public demonstrations to influence and
manage environmental choices and politics. Paris: Institute Marcel Mauss – Centre
d ́étude des mouvements sociaux, Occasional papers 3.
______. (2013). Toward a sociology of public demonstrations. Sociology theory, 31(4)
–365.. _____
SABOURIN, E. (2009). Camponeses do Brasil: entre a troca mercantil e a
reciprocidade. Rio de Janeiro: Garamond.
SHARP, G. (1984). The politics of nonviolent action. Part one: power and struggle.
Boston: Porter Sagent Publishers.
______. (1994a). The politics of nonviolent action. Part two: the methods of
nonviolent action. Boston: Porter Sagent Publishers.
______. (1994b). The politics of nonviolent action. Part three: the dynamics of
nonviolent action. Boston: Porter Sagent Publishers.
STOMPKA, P. (2009). Robert Merton. In SCOTT, J. (Org.). 50 Grandes sociólogos
contemporâneos. São Paulo: Contexto.
VIEIRA, L. (2001). Os argonautas da cidadania: A sociedade civil na globalização.
Rio de Janeiro: Record.
VIEIRA, P.F. (1992). A problemática ambiental e as ciências sociais no Brasil (1980-
. In VIEIRA, P.F. e HOGAN, D. (Orgs.). Dilemas socioambientais e
desenvolvimento sustentável. São Paulo: Editora da UNICAMP.
______. (1993). Les sciences sociales et la problematique de l’environnement au Brésil
(1980-1990). Cahiers du Brésil Contemporain,20: 15-48.
______. (2007). Ecodesenvolvimento: do conceito à ação, de Estocolmo a Joanesburgo..
In SACHS, Ignacy. Rumo à ecossocioeconomia: teoria e prática do
desenvolvimento. São Paulo: Cortez, introdução.
VIEIRA, P.F.; BERKES, F.; SEIXAS, C.S. (2005). Gestão integrada e participativa
de recursos naturais: conceitos, métodos e experiências. Florianópolis:
APED/SECCO.
VIOLA, E. (1997). O movimento ecológico no Brasil (1974-1986): do ambientalismo à
ecopolítica. In PADUA, J.A. (Org.). Ecologia e política. Rio de Janeiro: IUPERJ.