MIGRAÇÕES, REFUGIADOS E GOVERNANÇA: O DEBATE ENTRE EUROPA E ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
Palavras-chave:
Direitos Humanos, Organizações Internacionais, Refugiados, Relações InternacionaisResumo
A morte de uma criança curda em uma praia da Turquia fez com que líderes europeus e a opinião pública reconhecessem que o caminho dos imigrantes até a Europa é o mais letal do mundo. Apesar desta verdade perturbadora, há pouco entendimento para solucionar a crise dos refugiados do Oriente Médio. Em setembro de 2015, os Ministros do Interior da União Europeia buscaram um acordo entre os países do bloco para o assentamento de milhares de refugiados. Contudo, os países do Leste são opostos à ideia de abrir suas fronteiras para refugiados, em sua maioria de origem muçulmana. Outros desfechos, como o resgate dos refugiados ainda no mar, a concessão de vistos humanitários ou a abertura de vias legais de imigração, também encontraram forte resistência dos Estados-membros. Mas, se a Europa não é capaz de resolver esta questão, as organizações
internacionais podem, muitas vezes com uma postura crítica aos países da União Europeia por sua falta de ação, mudar essa situação? Esse artigo analisa como as organizações internacionais tentam realizar um debate alternativo e as mudanças por elas promovidas na governança internacional.
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