SEM SAÚDE E ESQUECIDOS
OS CEMITÉRIOS DE BEXIGUENTOS E DE MADEIRA COMO LUGARES DE EXCLUSÃO SOCIAL NA PARAÍBA E NO CEARÁ
Palavras-chave:
Cemitério de Bexiguentos, ; Cólera, BioarqueologiaResumo
Em meados do Segundo Império e início da República o Brasil foi castigado por diferentes epidemias, como varíola, cólera, febre amarela, gripe espanhola entre outras, que associadas a um cenário de secas, negligências governamentais e uma medicina pouco desenvolvida resultaram num elevado número de mortos diariamente. Com o passar do tempo medidas higiênicas e os discursos sanitaristas passaram a ditar novos comportamentos pondo fim às exumações nas igrejas e fazendo emergir campos santos, mas esses não eram os únicos espaços destinados aos mortos, de forma silenciosa e esquecida surgiram também os cemitérios clandestinos. O objetivo deste trabalho é rever esses espaços mencionados na historiografia cearense conhecidos como Cemitérios de Madeira e os cemitérios de bexiguentos na Paraíba e explanar suas possibilidades históricas, arqueológicas e bioarqueologicas por meio da pesquisa translacional.
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