A voz de Kambili: hibridismo cultural em Hibisco roxo de Chimamanda Ngozi Adichie
Palavras-chave:
literatura nigeriana, pós-colonialismo, hibridismo cultural, identidade, Nigerian literature, postcolonialism, cultural hybridity, identity, poscolonialismo, hibridación cultural, identidadResumo
Resumo: Hibisco Roxo traz a história de Kambili, uma menina nigeriana criada em um ambiente fortemente católico, cuja vida muda irreversivelmente quando ela passa a ter contato com costumes tradicionais dos Igbo e um modo mais culturalmente híbrido de existência. É nesse espaço de intersecção cultural que Kambili começa a ativamente falar e rir, encontrando a própria voz. Com base em noções oriundas do pós-colonialismo, como hibridismo cultural e formação de identidade, este trabalho analisa a transformação pela qual passa Kambili ao longo da narrativa – em especial, no que diz respeito ao ato de falar e de desenvolver uma voz própria –, demonstrando como é justamente a possibilidade da existência de uma identidade híbrida que parece permitir a emancipação e afirmação de posição de sujeito da protagonista, dando a ela a oportunidade de finalmente narrar a si mesma.
Abstract: Purple Hibiscus is narrated by Kambili, a fifteen-year-old Nigerian girl who is raised in a very catholic environment. Her life changes dramatically when she is introduced to Igbo habits and traditions, and to a more cultural hybrid existence. It is in this space of cultural intersection that Kambili starts to actively speak and laugh, finding her own voice. Using concepts from postcolonialism, Such as cultural hybridity, and cultural formation, this work analyzes the transformations Kambili goes through in the novel – especially those related to the act of speaking and developing her own voice –, showing how precise is the possibility of a hybrid identity that allows the main character to emancipate herself and affirm her position as a subject, finally having the opportunity to narrate herself.
Resumen: La Flor púrpura trae la historia de Kambili, una niña nigeriana creada en un ambiente fuertemente católico cuya vida cambia irreversiblemente cuando ella pasa a tener contacto con costumbres tradicionales de los Igbo y un modo culturalmente más híbrido de existencia. Es en ese espacio de intersección cultural que Kambili empieza a hablar activamente y sonreír, encontrando su propia voz. A partir de nociones del, poscolonialismo, tales como hibridismo cultural y formación de identidad, este trabajo analiza la transformación por la que pasa Kambili a lo largo de la narrativa -en especial en lo que se refiere al acto de hablar y de desarrollar una voz propia-, demostrando cómo es justamente la posibilidad de la existencia de una identidad híbrida que parece permitir la emancipación y afirmación de su posición de sujeto, dándole la oportunidad de finalmente narrar a sí misma.
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