Crônica e viagem em Banco a la sombra: plazas, de María Moreno
Palavras-chave:
crônica contemporânea, Banco a la sombra, María MorenoResumo
No presente trabalho, objetivamos refletir acerca da crônica contemporânea escrita em âmbito hispano-americano, com ênfase no livro Banco a la sombra: plazas, da escritora argentina María Moreno. A partir da análise desse livro, buscamos pensar como essas crônicas incorporam a temática de viagem, apresentando territórios vertiginosos e sujeitos em permanente mutação, e refletir sobre um conjunto de tensões relacionadas à conformação do gênero (crônica) que emergem reconfiguradas depois do ano 2000 (ao menos), como a fusão entre realidade e ficção. Na interseção desses dois eixos, sugerimos que o vaivém do sujeito que narra as histórias que aparecem nesses textos coincide com certa deriva do gênero, de modo que, nessas circunstâncias, a escritura surge como um processo errante. Para tanto, como aporte teórico principal, nos valemos das concepções de Ramos (1989), Rotker (1992) e Gárate (2022), no que concerne às transformações da crônica nos últimos anos, aos processos de hibridização do gênero, à fusão entre realidade ficção, às afecções sujeito e território, e as tensões entre a dimensão autoral e a inscrição do sujeito da escrita nesses textos.
Referências
ALARCÓN, Cristián. Se me querés, quereme transa. Buenos Aires: Grupo Editorial Norma. 2010.
ALVES, Wanderlan. Travessias críticas: temporalidades e territórios na narrativa latino-americana das últimas décadas. Campina Grande: EDUEPB, 2022.
BELLOLIO, Daniela Alcívar. Farrágos Finalmente: la vida afuera. Grumo Editorial. 2021.
BERNABÉ, Mónica. Las viejas narrativas del presente. Revista Anfíbia, p. 01-10, 2016.
BIANCOTTO, Natalia. Mirar(se) en la plaza. Sobre Banco a la sombra, de María Moreno. Actas del II Cóloquio Internacional Escrituras del Yo. Centro de Estudios de Teoría y Crítica Literaria – Centro de Estudios de Literatura Argentina. Rosario, 2010. p. 01-11.
CAPARRÓS, Martín. La crónica. Buenos Aires: Titivillus, 2015.
CRISTOFF, María Sonia. La libertad es un campo minado. Revista Anfibia, p. 01-12, 2014.
GÁRATE, Miriam. A crônica hispano-americana entre dois séculos. In: CORDIVIOLA, Alfredo et.al (org). Temas para uma história da literatura hispano-americana: inscrições do sujeito/redes do literário. Porto Alegre: Letra 1. 2022. p. 95-113.
GARRAMUÑO, Florencia. Frutos Estranhos: sobre a inespecificidade na estética contemporânea. Trad. Carlos Nogué. Rio de Janeiro: Rocco, 2014.
GONZÁLEZ, Anibal. La crónica modernista hispanoamericana. Madrid: Porrúa Turanza, 1983.
DE LEONE, Lucía. Una poética del nombre: los “comienzos” de María Moreno hacia mediados de los años 80 en el contexto cultural argentino. Cadernos Pagu, p. 223-256, 2011.
MORENO, María. Banco a la sombra: plazas. Buenos Aires: Sudamericana. 2007.
POZZI, Rayén Daiana. La plaza: una mirada metonímica de la ciudad. Actas del II Cóloquio Internacional Escrituras del Yo. Centro de Estudios de Teoria y Crítica Literaria – Centro de Estudios de Literatura Argentina. Rosario, 2010. p. 01-09.
RAMOS, Julio. Desencuentros de la modernidad en América Latina. Literatura y política en el siglo XIX. México: Fondo de Cultura Económica, 1989.
ROTKER, Susana. La invención de la crónica. Argentina: Ediciones Letra Buena, 1992.
SALAZAR, Jerzeel. La crónica: una estética de la transgresión. Razón y Palabra, v. 10, n. 47, p. 01-11, 2005.
SAVA, Mónica. Ciudades reales, ciudades imaginarias: a través de la ficción. Tese (Doutorado) – Departamento de Filología Románica. Universidad Complutense de Madrid, Madrid, 2012.
SPERANZA, Graciela. Atlas portátil de América Latina. Arte y ficciones errantes. Barcelona: Anagrama, 2012.
VILLORO, Juan. 8.8 El miedo en el espejo: una crônica del terremoto en Chile. México: Unsot, 2010.
VILLORO, Juan. La Crónica: disección de un ornitorrinco. Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano. s. l., p. 01-07, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Josivânia da Cruz Vilela
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Sociopoética é licenciada sob uma https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/.