AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS FISICO E QUIMICOS DE BROTOS DE PALMA (Opuntia sp.) PARA O CONSUMO HUMANO
Resumo
Introdução: A palma forrageira, Opuntia fícus-indica (L.) Mill, cactácea exótica originária do México, está presente em todos os continentes com diversas finalidades, destacando-se sua utilização na alimentação animal, na produção de medicamentos, cosméticos, recuperação de solos, culinária, entre outros. O broto de palma surge no semiárido nordestino como uma hortaliça alternativa e potencial para o consumo humano, possibilitando a obtenção de produtos e alimentos ricos em nutrientes e antioxidantes. Objetivos: Assim, objetivou-se avaliar os aspectos físicos e químicos de brotos de Palma (Opuntia sp.) para o consumo humano. Material e Método: Os brotos foram colhidos nas primeiras horas do dia na área experimental do Centro de Ciências e Tecnologia Agroalimentar da Universidade Federal de Campina Grande, em Pombal - PB e avaliados quanto às variáveis físicas e químicas, utilizando-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, no fatorial 2 x 4, sendo 2 cultivares (‘Gigante’ e ‘Redonda’) e 4 estádios de desenvolvimento (estádio 1 - brotos de 4,0 a 8,0 cm; estádio 2 - brotos de 8,01 a 12,0 cm; estádio 3 - brotos de 12,01 a 16,0 cm; estádio 4 - brotos de 16,01 a 20,0 cm), com seis repetições e 250 g por unidade experimental. Resultados: Para as variáveis diâmetro longitudinal e transversal, massa fresca com espinhos, sem espinhos e dos espinhos e rendimento, houve um aumento significativo de seus valores com o estádio de desenvolvimento, com destaque para os brotos da cultivar ‘Redonda’. Os teores de proteínas, lipídeos e carboidratos reduziram significativamente com o avanço do desenvolvimento, para ambas as cultivares, assim como para a relação sólidos solúveis e acidez titulável e para o amido. Nos compostos bioativos clorofilas, carotenoides e flavonoides, os maiores teores foram encontrados no terceiro e quarto estádios da cultivar ‘Gigante’; já os polifenóis extraíveis foram maiores no primeiro e segundo estádios, dessa cultivar. Os teores de ácido ascórbico aumentaram com o estádio de desenvolvimento nas duas cultivares. A capacidade antioxidante foi superior na massa seca quando comparada à massa fresca, nos brotos de palma ‘Gigante’ e ‘Redonda’. Conclusão: Dessa forma, independente dos tratamentos avaliados, os brotos de palma exibiram características similares às de outras hortaliças, constituindo-se como fonte de compostos com propriedades antioxidantes, podendo ser usados como hortaliça em qualquer estádio de desenvolvimento, sendo que o terceiro e o quarto estádios foram os mais indicados, tanto para o consumo in natura como para o processamento agroindustrial.
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