ESTUDO CLÍNICO DA TOXOPLASMOSE NA GRAVIDEZ

Autores

  • Mariana Balbino da Silva Faculdade Mauricio de Nassau
  • Maria do Socorro Rocha de Melo Peixoto Universidade Estadual da Paraíba
  • Valeska Silva Lucena Faculdade Mauricio de Nassau
  • Bartolomeu Garcia de Souza Medeiros Faculdade Mauricio de Nassau
  • Stéphanny Sallomé Sousa Oliveira Faculdade Maurício de Nassau

Resumo

A toxoplasmose humana é uma parasitose que pode provocar graves lesões sistêmicas, variando de sinais neurológicos, ósteo-musculares, respiratórios a oculares e deformidades congênitas. O Toxoplasma gondii, agente etiológico da toxoplasmose, tem o gato como hospedeiro definitivo, e o homem e outros animais como hospedeiros intermediários. O parasita atinge o feto por via transplacentária causando danos como hidrocefalia, cegueira, retardo mental e má formação. O hábito alimentar de consumo de carnes e produtos de origem animal, crus ou mal cozidos tem grande importância na epidemiologia da doença. Objetivando a investigação dos testes das imunoglobulinas para diagnóstico da toxoplasmose na gravidez foi realizado uma investigação bibliográfica. Foram revisados artigos científicos disponíveis on-line, de forma completa e gratuita, publicados no período de 2003 a Junho de 2015. Os assuntos tratados nos artigos foram agrupados em temas: toxoplasmose, gravidez e fatores de risco. Após análise dos artigos selecionados, observou-se uma prevalência de fatores de risco para soroconversão na gravidez nos anos 2003, 2005, 2007, com 754 (59,8%) em Porto Alegre (RS); (91,6%) em Mato Grosso do Sul; 50,5% em Londrina (PR); (54,4%) em Rolândia (PR) e (46,4%) em Cambé (Paraná); com soro positivo para o teste de IgG. Em 2015, no Nordeste 437 (77,9%) foram positivos para o teste de IgM. Dados esses preocupantes, pois a IgM corresponde a imunoglobulina que caracteriza fase aguda da infecção, para tanto sugestivo de risco de transmissão congênita. No Brasil estima-se uma prevalência de soropositividade para toxoplasmose de 60 a 75% entre mulheres em idade fértil. Durante a gestação, espera-se que ocorra incidência de soroconversão em torno de 6,4 por 1.000 gestantes, o que resulta em cerca de 60 mil novos casos de toxoplasmose em gestantes no Brasil a cada ano. Mediante os resultados obtidos, faz-se necessário um programa de conscientização da importância do monitoramento e repetição dos testes sorológicos para toxoplasmose durante toda a gravidez, pois só assim é possível diagnosticar de uma forma correta e precoce a doença, até porque a infecção pela toxoplasmose é assintomática para a maioria das gestantes.

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Publicado

2023-07-20

Como Citar

Silva, M. B. da, Peixoto, M. do S. R. de M., Lucena, V. S., Medeiros, B. G. de S., & Oliveira, S. S. S. (2023). ESTUDO CLÍNICO DA TOXOPLASMOSE NA GRAVIDEZ. BIOFARM - Journal of Biology & Pharmacy and Agricultural Management, 13(1), 1–6. Recuperado de https://revista.uepb.edu.br/BIOFARM/article/view/2071

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