COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DA FITA ADESIVA E O MÉTODO DE SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA PARA O DIAGNÓSTICO DE Enterobius vermicularis.
Abstract
Nas regiões tropicais e subtropicais do planeta ainda há uma elevada prevalência de parasitoses intestinais. Estas infecções ainda são um dos mais graves problemas de saúde pública do Brasil, por exemplo, pois afetam principalmente crianças de baixa renda que habitam regiões carentes e com condições precárias de estrutura sanitária. Mas há um parasito que, por sua peculiaridade de transmissão, ocorre mesmo em países desenvolvidos. Trata-se do Enterobius vermicularis, helminto da classe nematoda que, por dispensar a passagem pelo solo durante seu ciclo evolutivo, pode ser transmitido diretamente de pessoa a pessoa. Além disso, outra peculiaridade deste parasita é fato de serem eliminados poucos ovos nas fezes do hospedeiro, o que dificulta seu diagnóstico laboratorial. O objetivo deste trabalho foi identificar a presença de enteroparasitos em crianças atendidas em uma creche no distrito de Galante, município de Campina Grande, no período de maio a setembro de 2016, especificamente utilizando dois métodos para o diagnóstico do Enterobius vermicularis: um método específico para pesquisa de ovos na região perianal (Graham) e outro para pesquisa de ovos nas fezes (Sedimentação espontânea em água). Foi realizado um estudo transversal, de caráter quantitativo e documental, envolvendo 44 crianças matriculadas na creche. Os resultados mostraram que houve uma baixa prevalência deste parasito nos indivíduos, apenas dois casos (4,5%), sendo que cada um deles foi diagnosticado por um método diferente. Sendo assim, recomenda-se a utilização de pelo menos um método para pesquisa de ovos na região perianal e um método para pesquisa de ovos nas fezes, quando houver suspeita de infecção por Enterobius vermicularis.
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