UMA VISÃO SOCIOLÓGICA DA PREVALÊNCIA DA ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA EM PERNAMBUCO - BRASIL, NO PERÍODO ENTRE 2010 E 2016
Abstract
A esquistossomose é uma doença parasitária transmitida por contato com água doce contaminada com formas parasitárias liberadas a partir de caramujos infectados. Seu agente etiológico no Brasil é o platelminto Schistosoma mansoni. O estado de Pernambuco é considerado a unidade federada do Brasil com maior grau de endemicidade para a esquistossomose, que está presente em praticamente 80% do litoral urbano. Isso se deve a características peculiares do estado, incluindo uma migração crescente da população da zona rural para as cidades, especialmente aquelas que oferecem melhores condições de trabalho. O nordeste brasileiro possui condições ambientais e econômicas que favorecem a instalação do caramujo, devido ao processo de urbanização. Por isso, além de atingir regiões rurais, também atinge os centros urbanos, os quais apresentam índices hiperendêmicos, particularmente em Pernambuco. O presente estudo foi realizado por meio de uma pesquisa documental e descritiva, a qual foi realizada no mês de junho do ano de 2019, sendo desenvolvida por meio de um levantamento de dados dos municípios de Macaparana, Jaboatão dos Guararapes, Carpina, Goiana, Ipojuca e São Lourenço da Mata, todas localizados no estado de Pernambuco. Os dados sobre a prevalência da esquistossomose no período compreendido entre 2010 e 2016 foram obtidos da plataforma Datasus. Através das pesquisas nas bases de dados da plataforma do Ministério da Saúde foi possível inferir que, na maioria dos municípios analisados, houve a diminuição do número de casos positivos nos últimos anos, fator relacionado com o aumento do PIB, cujos reflexos na melhoria da condição de saúde dos municípios certamente influenciaram de modo direto a diminuição dos índices de positividade desta parasitose, já que sua prevalência está diretamente relacionada a aspectos socioeconômicos.
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