A FAMÍLIA E A ESCOLA FRENTE AO DIGNÓSTICO DA CRIANÇA:
UM ESTUDO DE CASO SOBRE INCLUSÃO E AUTISMO
Palavras-chave:
Autismo, Família, diagnóstico, Intervenção PrecoceResumo
O objetivo do nosso estudo é analisar o desenvolvimento de uma criança autista e dividir experiências que contribuem para as formas de inserção no convívio social e escolar. As crianças autistas, em grande maioria não falam, mas compreendem a linguagem. As dificuldades da mãe e da criança em incluir a mesma dentro do envolvimento social. Como a intervenção precoce ajuda a criança nesse sentido e as suas contribuições no seu desenvolvimento trazendo uma qualidade de vida melhor. Trata-se de um estudo de caso sobre as etapas de integração de uma criança autista no ambiente escolar e na sociedade. Abordamos as dificuldades cotidianas, sejam elas por questões funcionais, pedagógicas, estruturais ou naturais. Analisamos questões das intervenções na vida familiar e escolar e compreensão das dificuldades da família de uma criança autista em adquirir tratamento especial necessário. Podemos observar pelas falas da participante na entrevista a importância do diagnóstico e a intervenção precoce trouxeram ganhos para a criança. Concluímos que o diagnóstico deve ser concomitante a aceitação da família. Ou seja, é preciso que a família aceite e entenda as condições que levam a inclusão da criança, porque, o amor pela criança, às vezes, faz os parentes acreditarem que o diagnóstico não é verdade. O aumento da capacidade de atenção, comunicação, interação social, organização interna e melhora do desempenho em atividades do dia-a-dia.
Referências
Andrade, I. C., Cavalcante, I. D., Melo, L. R., Dias, M. B., Fonseca, N. M., & Braga, T. (2018). A im-portância da detecção dos sinais precoces no transtorno do espectro autista (TEA). CIPEEX, 2, 1119-1126.
Borges, G. S. B. (2016). Estimulação Precoce, trabalho pedagógico e a criança com deficiência na creche. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Goiás. Programa de Pós-Graduação em Educação].
Bosa, C., & Callias, M. (2000). Autismo: breve revisão de diferentes abordagens. Psicologia: Reflexão e Crítica, 13(1). https://doi.org/10.1590/S0102-79722000000100017
Da Silva, H. C., & Arantes, A. S. (2020). Inclusão dos estudantes com transtorno do espectro autista TEA: percepções docentes. REIN-Revista Educação Inclusiva, 4(1), 86-103.
De Mattos, L. K., & Nuernberg, A. H. (2011). Reflexões sobre a inclusão escolar de uma criança com diagnósticos de autismo na Educação Infantil. Revista Educação Especial, 1(1), 129-141.
Do Nascimento, F. F., & Da Cruz, M. L. R. M. (2014). Da realidade à inclusão: uma investigação acerca da aprendizagem e do desenvolvimento do/a aluno/a com transtornos do espectro autista–TEA nas séries iniciais do I segmento do ensino fundamental. Revista Polyphonia, 25(2), 51-66.
Fadda, G. M., & Cury, V. E. (2019). A Experiência de Mães e Pais no Relacionamento com o Filho Diagnosticado com Autismo. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 35(spe).
Faro, K. C. A., Santos, R. B., Bosa, C. A., Wagner, A., & Silva, S. S. da C. (2019). Autismo e mães com e sem estresse: análise da sobrecarga materna e do suporte familiar. Psico, 50(2), 30080. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2019.2.30080
Favoretto, N. C., & Lamônica, D. A. C. (2014). Conhecimentos e necessidades dos professores em relação aos transtornos do espectro autístico. Revista Brasileira de Educação Especial, 20(1), 103-116. https://doi.org/10.1590/S1413-65382014000100008
Gonçalves, T. M., & Pedruzzi, C. M. (2013). Levantamento de protocolos e métodos diagnósticos do transtorno autista aplicáveis na clínica fonoaudiológica: uma revisão de literatura. Revista CEFAC, 15(4), 1011-1018. https://doi.org/10.1590/S1516-18462013000400031
Houzel, D. (1991). Reflexões sobre a definição e a nosografia das psicoses infantis. In Mazet, P., & Lebovici, S. (Ed.), Autismo e psicoses da criança (pp. 31-50). Porto Alegre: Artes Médicas.
Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. (1996). Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República. http://www.Planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
Machado, M. S., Londero, A. D., & Pereira, C. R. R. (2018). Tornar-se família de uma criança com Transtorno do Espectro Autista. Contextos Clínicos, 11(3), 335-350. http://dx.doi.org/10.4013/ctc.2018.113.05
Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. (2014). (5a ed.). Porto Alegre: Artmed.
Pereira, C. C. V. (2011). Autismo e Família: Participação dos pais no tratamento e desenvolvimento dos autistas. João Pessoa: FACENE/FAMENE.
Pereira, A., Riesgo, R. S., & Wagner, M. B. (2008). Autismo infantil: tradução e validação da Childhood Autism Rating Scale para uso no Brasil. Jornal de Pediatria, 84(6), 487-494. https://doi.org/10.1590/S0021-75572008000700004
Pinto, R. N. M., Torquato, I. M. B., Collet, N., Reichert, A. P. da S., Neto, V. L. de S. N., & Saraiva, A. M. (2016). Autismo infantil: impacto do diagnóstico e repercussões nas relações familiares. Revista Gaúcha de Enfermagem, 37(3). https://doi.org/10.1590/1983-1447.2016.03.61572
Praça, E. T. P. de. O. (2011). Uma reflexão acerca da inclusão de aluno autista no ensino regular. [Dissertação de Mestrado Profissional em Educação Matemática, Universidade Federal de Juiz de Fora. Instituto de ciências exatas Pós-Graduação em Educação Matemática, Juiz de Fora]. https://www.ufjf.br/mestradoedumat/files/2011/05/Dissertação-Elida.pdf
Quivy, R., & Campenhoudt, L. V. (1992). Manual de investigação em Ciências Sociais. Gradiva, Lisboa, Portugal, p. 282.
Romano, A. D., & Castegnaro, I. (2016). Autismo: um estudo de caso. Anuário Pesquisa e Extensão Unoesc Joaçaba, e12827-e12827. https://periodicos.unoesc.edu.br/apeuj/article/view/12610
Serra, D. (2010). Autismo, família e inclusão. Polêmica, 9(1), 40-56. https://doi.org/10.12957/polemica.2010.2693
Tafuri, Maria Izabel, & Safra, Gilberto. (2008). Extrair sentido, traduzir, interpretar: um paradigma na clínica psicanalítica com a criança autista. Psychê, 12(23). http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-11382008000200009&lng= pt&tlng=pt
Togashi, C. M., & Walter, C. C. de F. (2016). As contribuições do uso da comunicação alternativa no processo de inclusão escolar de um aluno com Transtorno do Espectro do Autismo. Revista Brasileira de Educação Especial, 22(3), 351-366. https://doi.org/10.1590/S1413-65382216000300004
Urbano, M. C. Z. (2018). Equoterapia como elemento de rede de apoio ao processo de inclusão de uma criança com transtorno do espectro autista. [Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual Paulista (UNESP). Programa de Pós-Graduação em Ensino e Processos Formativos].
Yin, R. K. (2001). Estudo de Caso: Planejamento e métodos. (2a ed.). Porto Alegre: Bookman.
Zanon, R. B., Backes, B., & Bosa, C. A. (2017). Diagnóstico do autismo: relação entre fatores contextuais, familiares e da criança. Psicologia: teoria e prática, 19(1), 152-163. http://dx.doi.org/10.5935/1980-6906/psicologia.v19n1p164-175