EDUCAÇÃO MATEMÁTICA INCLUSIVA

A SESSÃO DIDÁTICA COMO ESTRATÉGIA UTILIZADA NA ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA DE ALUNOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA).

Autores

  • Glessiane Coeli Freitas Batista Prata Universidade Federal do Ceará
  • Eliene Alves de Aquino Universidade Estadual do Ceará - UECE

Palavras-chave:

TEA, Educação matemática, Sessão didática, Formação docente, Inclusão

Resumo

Observamos em alguns estudos que algumas escolas priorizam o ensino do Português, a apropriação da leitura e escrita pela criança, porém não haviam sido alfabetizados matematicamente, ocasionando uma defasagem das crianças com o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em relação aos conceitos matemáticos; pois tiveram uma aprendizagem inadequada e as dificuldades encontradas por elas constituem obstáculos para sua aprendizagem matemática. A pesquisa objetivou Construir sessões didáticas como estratégias para alfabetização matemática em alunos com Transtorno do Espectro Autista. A Pesquisa do tipo exploratória com abordagem qualitativa, dentro da qual se utilizou o estudo de caso. Os procedimentos de coleta de dados envolveram questionário e observação. De acordo com os resultados, pode-se inferir quais as opiniões que os professores detêm. Alguns pontos foram bastante citados, como a preocupação do professor quanto a sua formação inicial e a falta de preparo para incluir o aluno com TEA, principalmente a falta de uma metodologia para se trabalhar a Matemática, pois existe lacunas na formação inicial que não contempla a educação especial. Há essa discussão sobre a formação inicial e a importância da formação continuada para que o professor se sinta seguro para promover essa inclusão. Em muitos desses discursos, os sujeitos da pesquisa queriam estratégias para utilizar durante suas aulas de matemáticas. Enfim, a oficina pedagógica apresentada ao grupo, ampliou a consciência dos professores sobre as possibilidades para trabalhar de forma inclusiva a Matemática, onde eles compreenderam que a formação continuada é essencial para ressignificar a sua práxis docente.

Referências

ALMEIDA, M. I. Ações organizacionais e pedagógicas dos sistemas de ensino: políticas de inclusão. In: ROSA, DALVA E. GONÇALVES. Org. Políticas organizativas e curriculares, educação inclusive e formação de professores. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. pág. 57-68.

ANDRÉ, M.E.D.A; LÜDKE, M. Pesquisa em Educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1996.

BRASIL (1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educaçao Nacional nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Plano Nacional de Educação . Diário Oficial da União, Brasília, 26 de junho de 2014. Disponível em: < http:// http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm >. Acesso em: 06 dez. 2020.

BOGDAN, R. C; BIKLEN, S. Investigação qualitativa em educação. Portugal: Porto, 1994.

D’AMBROSIO, U. Etnomatemática. São Paulo: Ática, 1990.

DANYLUK, O. S. Um estudo sobre o significado da alfabetização matemática. 1988. 364 f. Dissertação (Mestrado) – IGCE-UNESP, Rio Claro (SP), 1988.

Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília, Ministério da Justiça/CORDE, 1994.

FERNANDES, S. H. A. A.; HEALY, L. Ensaio sobre a inclusão na Educação Matemática. Revista Ibroamericana de Educación Matemática, n. 10, p. 59-76, 2007. Disponível em: <http://www.fisem.org/www/union/revistas/2007/10/Union_010_010.pdf>. Acesso em: 06 set. 2019.

FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino da matemática no Brasil. Revista Zetetike, n. 4, p. 7-39, mar. 1995.

MINAYO, M. C. de S. (org.). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade.

Petrópolis: vozes, 2007.

PASIAN, M. S.; MENDES, E. G.; CIA, F. Atendimento Educacional Especializado: Aspecto da formação do professor. Cadernos de pesquisa, São Carlos, SP, v. 47, n. 165, p. 964-981, 2017.

SERRAZINA, M. L. O professor que ensina matemática e a sua formação: uma experiência em Portugal. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 39, n. 4, p. 1051-1069, out./dez. 2014.

Downloads

Publicado

2022-06-17