ADAPTAÇÕES CURRICULARES PARA ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO INSTITUTO DOS CEGOS DE CAMPINA GRANDE/PB

Autores

  • Sonia Lira UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

Palavras-chave:

Pessoas com deficiências; adaptações curriculares; Geografia.

Resumo

As pessoas com deficiências, historicamente, foram segregadas do convívio social. Mas, a partir do século XVIII surgiram
instituições com caráter educativo, principalmente na França, que, posteriormente, se disseminaram por outros países. E, embora
tais entidades ainda trabalhassem a partir da integração e não da inclusão, contribuíram para ampliação das discussões quanto ao
processo educacional na perspectiva inclusiva. No Brasil, na década de 1990, foram implementadas políticas de educação especial,
em consonância com orientações internacionais oriundas das declarações Mundiais de Educação para Todos e de Salamanca
e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, realizada em Nova York, no ano de 2007, também contribuiu
para as reformulações da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva brasileira. Contudo, a
operacionalização do processo inclusivo, nas instituições educacionais, ainda ocorre de forma precária, pois os profissionais da
educação não possuem formação para trabalhar com as pessoas com deficiências e faltam estruturas físicas e materiais pedagógicos
adaptados para tais segmentos. Neste contexto, a Unidade Acadêmica de Geografia/UFCG, desenvolveu o trabalho de extensão
intitulado “Oficinas de Geografia para deficientes visuais”, no ano de 2015, no Instituto dos Cegos de Campina Grande/PB, no qual
foram encaminhadas adaptações curriculares no campo dos conhecimentos geográficos. No entanto, constatou-se que as referidas
adaptações não são suficientes para as construções conceituais dos estudantes, sendo necessários acompanhamentos individuais
na construção dos conhecimentos e trabalho pedagógico continuo para tais abstrações. Sendo assim, as políticas públicas deveriam
garantir melhores condições de trabalho, menor quantitativo de alunos por salas, formações continuas dos docentes, entre outros
aspectos, para que, de fato, fossem propiciadas condições pedagógicas para se garantir educação de qualidade.

Biografia do Autor

Sonia Lira, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Professora adjunta da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

Downloads

Publicado

2020-01-30