ESTADO E PODER SOBERANO: CRÍTICA DA BIOPOLÍTICA EM MCHAEL FOUCALT E GIORGIO AGAMBEN
Palavras-chave:
Modernidade, Estado, Poder soberano, Biopolítica, Homo sacerResumo
Este artigo toma como ponto de partida um problema político, o da politização da vida,
cujo horizonte de compreensão está situado ao nível hermenêutico. Nessa perspectiva, o artigo
pretende indicar a relevância da contribuição de Michel Foucault e Giorgio Agamben para a reflexão
e o debate sobre problemas fundamentais de filosofia política e do direito contemporâneos, tais
como poder soberano, Estado, direitos do homem e estado de exceção. A retomada do conceito
foucaultiano de biopolítica, como também a crítica ao discurso jusnaturalista dos direitos do
homem, levam Agamben a pensar o projeto de superação do vínculo entre direito, poder e violência,
posto que interpreta a desigualdade política a partir das noções de bando e homo sacer, no lugar de
recorrer ao âmbito do contrato social.