IDENTIDADE NARRATIVA E MORALIDADE EM CHARLES TAYLOR
Palavras-chave:
Ética, Identidade, SelfResumo
Nosso artigo expõe a noção de identidade narrativa proposta por Charles Taylor e a
relação com a moralidade. Partimos da explicação dos pressupostos que possibilitam a formação
da identidade narrativa. Entre tais pressupostos se encontram a concepção do homem como um
ser que se autointerpreta, capaz de constituir significado ao mundo e sempre já imerso num espaço
moral. Além disto explicitamos a condição necessária do homem enquanto um ser que apresenta
uma estrutura temporal e que busca uma unidade para a compreensão de si no ato narrativo. Uma
vez desenvolvidos tais pressupostos, avaliamos como o ato do self na sua modalidade narrativa
auxilia a indiciar indiretamente os bens constitutivos ao qual o indivíduo se encontra ou se encontrou
comprometido/engajado, expondo parcialmente o background de sua avaliação forte. Tal ligação
entre indivíduo e bens constitutivos ocorre na medida que há um relacionamento entre a construção
desta narrativa particular e os bens que permeiam o espaço moral que se está imerso. Propomos ao
fim que a identidade narrativa não deve ser vista apenas como uma constatação na obra de Taylor,
mas também apresenta algumas virtualidades latentes.