O QUE É REDENÇÃO PARA ZARATUSTRA? – UMA CRÍTICA À FOMENTAÇÃO INTELECTIVA DE FORMAS IDEAIS

Autores

  • Luismar Queiroz INSTITUTO FEDERAL DA PARAÍBA

Palavras-chave:

Vontade, Redenção, Vida

Resumo

O discurso “Da Redenção”, proferido por Zaratustra, articula harmonicamente os conceitos
fundamentais da filosofia preparatória de Nietzsche, fornecendo um caminho de pensamento que
nos leva a uma crítica dos processos vitais que condicionam a fomentação intelectiva de formas
essenciais e abstratas, as quais se aglutinam no modo de operação da racionalidade metafísica.
Veremos que o conhecimento que se nutre de um profundo ódio gnóstico contra a realidade descaba
na tirânica desvitalização imposta pela formulação de um “mundo verdadeiro e permanente”. A
redenção da vontade implica na sua reconciliação com a temporalidade da existência, o que
condiciona a instalação do pensamento no limiar do instante evanescente da vida. No âmbito
desta virada redentora da vontade, veremos que os olhos do espírito se despojam do lodo da razão
especulativa, assim como do sentimento de décadence, e se abrem para uma corajosa e honesta
contemplação da pluralidade indissolúvel dos processos vitais que se encontram na base dos jogos
criativos da história do espírito. Ora, para onde nos levará a redenção da vontade, senão no sentido
da realização de uma vontade criativa que se coloca para além do castracionismo das formulações
ideais? O que buscaremos em nosso artigo é precisamente uma reflexão psico-ontológica que abra
espaço para o pensamento da afirmação e para a livre fruição da vida.

Biografia do Autor

Luismar Queiroz, INSTITUTO FEDERAL DA PARAÍBA

Doutor em Filosofia pelo Programa Integrado de Doutoramento (UFPB/UFPE/UFRN). Professor do Instituto Federal da Paraíba, atuando na área de Filosofia.

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Publicado

2018-11-29

Como Citar

Queiroz, L. C. de. (2018). O QUE É REDENÇÃO PARA ZARATUSTRA? – UMA CRÍTICA À FOMENTAÇÃO INTELECTIVA DE FORMAS IDEAIS. REVISTA INSTANTE, 1(1), 112–122. Recuperado de https://revista.uepb.edu.br/revistainstante/article/view/147

Edição

Seção

Artigos