Circularidade da definição do movimento na Física de Aristóteles
Palavras-chave:
Definição de movimento, Física de Aristóteles, Circularidade, ParadoxosResumo
O objetivo deste artigo é tornar coesa a solução aristotélica aos paradoxos do movimento. Analisamos a disputa acerca da possibilidade de uma definição unívoca de movimento a partir da Física de Aristóteles. Buscamos justificar a autonomia parcial da investigação da natureza frente à investigação das causas primeiras. Julgamos a suposta circularidade da definição de movimento, em seu sentido modal, como “ato de uma potência”, e no sentido categorial. Através de uma análise lógica mais rigorosa, mostramos que a ordenação e a univocidade de movimentos na natureza dependem das categorias que suportam movimento. Essa análise nos permite harmonizar as definições de movimento com a estrutura algo paradoxal do tempo sem violar o princípio de contradição.