A TERCEIRA MARGEM DA ANGÚSTIA
Palavras-chave:
Angústia. Liberdade. Travessia.Resumo
O humano é determinado por um modo de ser entre, portanto, por uma indeterminação que o faz cambiar entre uma coisa e outra, entre a fixação de uma estada e a liberdade de uma instabilidade. Essa situação, cujo abrigo é estar fora do lar, faz com que ele viva em travessia, mas é justamente esse deslocamento que define a sua existência como liberdade. A impossibilidade de atracar fixamente sobre uma margem definida leva-o à tarefa em torno de sua possibilidade que consiste em singrar as águas que margeiam a própria angústia.
Referências
ANDRADE, Carlos Drummond. Poesia completa e prosa. Volume único. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1977.
BUBER, Martin. Eu e tu. Trad. Newton Aquiles von Zuben. São Paulo: Cortez & Moraes, 1977.
CASTANEDA, Carlos. A Erva do diabo. Trad.: Luzia Machado da Costa. Rio de Janeiro: Editora Record, 1998.
GASSET, José Ortega. Em torno a Galileu. Petrópolis: Editora Vozes, 1989.
KIERKEGAARD, Søren. O Conceito de angústia. Trad.: Álvaro Valls, Petrópolis: Vozes, 2010.
__________. Migalhas filosóficas – ou um bocadinho de filosofia de João Clímacus. Trad.: Ernani Reichmann e Álvaro Valls. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 2008.
__________. Ponto de vista explicativo da minha obra de escritor. Trad.: João Gama. Lisboa: Edições 70, 2002.
__________. Temor e tremor. Trad.: Elisabete de Sousa. Lisboa: Relógio D'água, 2009.
ROSA, João Guimarães. Ficção completa. V. 2. Editora Nova Fronteira, 2017.