JOVENS HOMENS HOMOSSEXUAIS RURAIS EM ESCOLAS DO AGRESTE DE ALAGOAS

Autores

Palavras-chave:

Jovens rurais, Homossexualidade, Decolonialidade, Escola

Resumo

Abordaremos as opressões e as formas de resistência de jovens homens homossexuais rurais no contexto escolar. A partir do semiárido de Alagoas, Brasil, entendemos que os modos de vida desses jovens se articulam entre colonialidades e decolonialidades. No processo decolonizante de pesquisa, focamos na atitude decolonial como base da construção de informações junto aos participantes, a partir de entrevistas e rodas de conversa. Mapeamos as opressões e as resistências desses jovens em seus contextos escolares e evidenciamos práticas potencializadoras promovidas pela escola. Vimos que atuam em comunalidade na diferença colonial, afirmando suas homossexualidades no contexto escolar e rural. Por fim, sugerimos parâmetros decoloniais em psicologia que fortaleçam jovens homossexuais como sujeitos políticos na escola.

Referências

Ballestrin, L. (2013). América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política, (11), 89-117.

Bernardino-Costa, J., & Grosfoguel, R. (2016). Decolonialidade e perspectiva negra. Sociedade e estado. Brasília, 31 (1), 15-24.

Bulgarelli, L. (2018). Moralidades, direitas e direitos LGBTI nos anos 2010. In Galego, E. S. (Org.). O ódio como política: a reinvenção das direitas no Brasil (pp. 101-107). 1. ed. São Paulo: Boitempo.

Butler, J. (2008). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Louro, G. L. (2000). Pedagogias da sexualidade. In Louro, G. L. (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade (pp. 7-34). 2 ed. Belo Horizonte: Autêntica.

Lugones, M. (2014a). Rumo a um feminismo descolonial. Estudos Feministas, Florianópolis, 214 22(3): 320, setembro-dezembro, 935-952.

Lugones, M. (2014b). Colonialidad y Género: hacia um feminismo descolonial. In Mignolo, W. (Org.). (2014). Género y decolonialidad (pp. 13-42). 2. ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Del Signo.

Maldonado-Torres, N. (2019). Analítica da colonialidade e decolonialidade: algumas dimensões básicas. In Bernardino-Costa, J., Maldonado-Torres, N., & Grosfoguel, R. (Orgs.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico (pp. 27-53). 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica.

Marques, P. M., & Genro, M. E. H. (2016). Por uma ética do cuidado: em busca de caminhos descoloniais para a pesquisa social com grupos subalternizados. Estud. sociol. Araraquara, 21 (41), 323-339.

Mignolo, W. D. (2003). Histórias locais/projetos globais: colonialidade, saberes subalternos e pensamento liminar. Tradução de Solange Ribeiro de Oliveira. Belo Horizonte: Editora UFMG.

Mignolo, W. D. (2014). ¿Cuales son los temas de género y (des)colonialidad? In: Mignolo, W. D. (Org.). Género y decolonialidad (pp. 9-12). 2. ed. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Del Signo.

Miskolci, R., & Campana, M. (2017). “Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo. Sociedade e estado. 2 (3), 725-748. Disponível em: http://bit.ly/2HaZMly.

Ocaña, A. O., & López, M. I. A. (2019). Hacer decolonial: desobedecer a la metodología de investigación. Hallazgos, 16 (3), 147-166.

Oliveira, M. V. L. (2013). Inclusão da diversidade no currículo das escolas do semiárido. In Duarte, A. P. M., & Carneiro, V. M. O. (Org). Contribuições para a construção de um currículo contextualizado para o semiárido (pp. 97-120). Feira de Santana: MOC/Curviana.

Penna, F. (2018). O discurso reacionário de defesa de uma “escola sem partido”. In Galego, E. S. (Org.). O ódio como política: a reinvenção das direitas no Brasil (pp. 114-118). 1. ed. São Paulo: Boitempo.

Prado, M. A. M, & Machado, F. V. (2012). Preconceitos contra homossexualidades: a hierarquia da invisibilidade. 2. ed. São Paulo: Cortez.

Reis, E. S. (2010). Educação para a convivência com o semiárido: desafios e possibilidades. In Souza e Silva, C. M., Lima, E. S., Cantalice, M. L., Alencar, M. T., & Silva, W. A. L. (Orgs). Semiárido Piauiense: Educação e Contexto (pp. 109-130). Campina Grande: INSA.

Santos, A. C. H. (2020). Modos de vida e formas de resistência de jovens homens homossexuais rurais no contexto escolar do semiárido alagoano. 242p. (Tese de doutorado em psicologia). Recife: Universidade Federal de Pernambuco.

Silva, I. P. (2018). Em busca de significados para a expressão “ideologia de gênero”. Educação em revista, 34 (190810), 1-30. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982018000100186&lng=pt&nrm=iso.

Downloads

Publicado

2022-08-03