DAS EXPERIÊNCIAS COM O AUTISMO: TESSITURAS REFLEXIVAS SOBRE A COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Palavras-chave:
Autismo; Comunicação Alternativa e Aumentativa; Educação Infantil; Tecnologia Assistiva; Educação InclusivaResumo
O presente artigo busca compreender as relações e as dinâmicas sociais em torno do uso da Comunicação Aumentativa Alternativa no contexto da Educação Infantil de uma escola pública localizada no Rio de Janeiro, assim como refletir sobre a tessitura da proposta pedagógica considerando as possibilidades e os desafios da implementação dessa estratégia no processo de inclusão de três estudantes autistas em uma mesma turma regular. Trata-se de um estudo qualitativo, tendo como aporte teóricometodológico o pesquisar com, tomando como instrumento e fonte de pesquisa o diário de bordo da professora de Educação Especial em articulação com as narrativas de estudantes e demais professores do contexto. A partir da experiência relatada, é possível identificar a CAA como uma estratégia que favorece o processo de inclusão de crianças autistas pequenas. Destaca-se ainda os desafios, as possibilidades e os impasses que permeiam o processo de implementação da CAA na Educação Infantil e, não menos importante, o impacto dessa prática no contexto escolar e nos sujeitos que nele habitam.
Referências
Arroyo, M. (1998). Trabalho - educação e teoria pedagógica. Educação e crise do trabalho: perspectivas de final de século, 9, 138-165.
Bodgan, R., & Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora.
Massaro, M., & Deliberato, D. (2017). Pesquisas em comunicação suplementar e alternativa na educação infantil. Educação & Realidade, 42, 1479-1501.
Brasil. (2009). Resolução nº. 4, de 2 de outubro de 2009. Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional especializado na Educação Básica, modalidade Educação especial, Brasília: MEC.
Fiorio, A. F. C., Lyrio, K. A., & Ferraço, C. E. (2012). Pesquisar com os Cotidianos: os múltiplos contextos vividos pelos/as alunos/as. Educação & Realidade, 37, 569-587.
Garcia, R. L. (Org.). (2003). Método: pesquisa com o cotidiano. Rio de Janeiro: DP&A, 9-16.
Malaguzzi, L. (1997). Invece il cento c’è. In C. Edwards, L. Gandin, G. Forman. I cento linguaggi dei bambini. Edizione Junior, Italia, 1995. Recentemente publicada em português pelas Artes Médicas como: As Cem Linguagens da Criança. Com ilustração de Tonucci, Francesco. Com olhos de criança. (trad. Patrícia Chittoni Ramos). Porto Alegre: Artes Médicas.
Morin, E. (2011). Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez: Brasília, UNESCO.
Nobre, J. S., Freitas, S. W., & De Freitas, C. R. (2022). Comunicação aumentativa e alternativa e a inclusão escolar: as experimentações de Luísa. Conhecimento & Diversidade, 14(32), 129-143.
Nunes, D. R. P., Barbosa, J. P. S., & Nunes, L. R. P. (2021). Comunicação alternativa para alunos com autismo na Escola: uma Revisão da Literatura. Revista Brasileira de Educação Especial, 27: e0212.
Sacristán, J. G. (1999). Consciência e ação sobre a prática como libertação profissional dos professores. In A. Nóvoa, (Org.). Profissão professor. Porto: Porto Editora.
Sartoretto, M. L., & Bersch, R. C. R. (2010). A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: recursos pedagógicos acessíveis e comunicação aumentativa e alternativa. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, v. 6, Fortaleza: Universidade Federal do Ceará.
Passerino, L. M., & Bez, M. R. (2015). Sobre comunicação e linguagem. In Passerino, Liliana Maria; BEZ, Maria Rosangela. Comunicação alternativa: mediação para uma inclusão social a partir do Scala. Passo Fundo: UPF editora, 20-33.
Pisetta, M. A. (2022). Autismo e experiência com a palavra em grupo de educadores. São Carlos: Pedro & João Editores.
Porlán, R., & Martín, J. (1997). El diario del professor: un recurso para la investigación en el aula. Sevilla: Díada.