ELABORAÇÃO DE FERRAMENTAS EDUCATIVAS DE MICROSCOPIA PARA ESTUDANTE COM BAIXA VISÃO, SOB O “OLHAR” DE QUEM PRECISA
Palavras-chave:
Acuidade Visual, Educação Inclusiva, Material DidáticoResumo
O objetivo desse trabalho foi proporcionar melhoria no processo de ensino e aprendizagem de cunho prático sobre histologia, para graduanda com baixa visão matriculada no 2º semestre de Fisioterapia em uma faculdade particular no interior da Bahia. Após aulas expositivas e com base nas observações realizadas em laboratório de microscopia, foram produzidas maquetes utilizando material de baixo custo (barbantes, isopor e botões por exemplo) para fins de evidenciar as características inerentes aos tecidos, analisados previamente em microscópios ópticos pelos demais estudantes. Também foram utilizados gravadores de voz, e/ou celulares na obtenção dos áudios descritivos com as informações dos tecidos representados nas referidas maquetes. A produção desse material oportunizou aos graduandos o protagonismo em seu próprio aprendizado, além de desenvolver suas habilidades e competências e fortalecer relações interpessoais entre seus pares. Em concomitância, a utilização dos recursos didáticos produzidos pelos colegas colaborou para melhor compreensão do assunto para estudante com baixa visão. A produção do material supracitado mostrou-se como uma abordagem eficaz para apoiar o aprendizado de estudantes com baixa visão sobre tecidos. As maquetes forneceram uma representação tátil valiosa, enquanto os áudios ampliaram a compreensão por meio de descrições auditivas detalhadas. Ambos os recursos se complementaram, oferecendo uma experiência de aprendizado mais inclusiva e acessível. O feedback dos usuários foi positivo, indicando que essas ferramentas contribuem significativamente para a educação e inclusão de estudantes com baixa visão. Futuras melhorias podem incluir a expansão do catálogo de tecidos e a incorporação de tecnologias assistivas avançadas para otimizar ainda mais a acessibilidade.
Referências
Bardini, V. S. S., Spalding, M., Vasconcelos, L., Silveira, V., & Salgado, M. A. (2016). Práticas pedagógicas no ensino de histologia: estratégias para incentivar o aluno na consolidação dos conhecimentos. REBES - Revista Brasileira de Ensino Superior, 2(4), 15-21.
Brasil. (2016). Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016. Dispõe sobre as diretrizes e normas para pesquisa envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 59-62.
Brasil. (2015). Lei n. 13.146, de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência.
Bastos, P. F., Silva, H. P. de B., Parente, L. R. C., & França, L. F. de O. (2024). Educação inclusiva e sustentável: desenvolvimento de recursos didáticos para a disciplina de “formação sócio territorial do Nordeste e de Pernambuco” em consonância com a agenda 2030. Observatório de la Economía Lationoamericana, 22(5), e4533.
Croft, W. (2006). Under The Microscope: A Brief History Of Microscopy. (5th ed.). Danvers: World Scientific.
Domingues, C. A., Sá, E. D. de, Carvalho, S. H. R. de, Arruda, S. M. C. de P., & Simão, V. S. (2010). Os alunos com deficiência visual: baixa visão e cegueira. In A educação especial na perspectiva da inclusão escolar. Brasília: Ministério da Educação; Secretaria de Educação Especial. 63p.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Conceição do Coité. In Cidade e Estados.
Moriscot, A. S., Carneiro, J., & Abrahamsohn, P. A. (2004). Histologia para fisioterapia e outras áreas de reabilitação. Rio de Janeiro; Guanabara-Koogan.
Moura, E. M. B., Santos, K. V. G., Fraz, J. N., Ferreira, W. C., & Moreira, G. E. (2023). Educação superior, inclusão e tecnologias assistivas. Redin, 12(1), 182-199.
Oliveira, A. C. A., Garcia, B. T. P., Barbosa, E. F., Andrade, E. W., Faria, I. I., Marinho, J. V. R., Kurishi, L. Z., & Simões, M. H. (2023). Maquete como modelo didático no ensino superior do curso de Ciências Biológicas: biologia do desenvolvimento. Revista Interdisciplinar de Saúde e Educação, 4(1), 145-158.
Pedreira, B. O., Monteiro, J. V. B. M., Oliveira, L. G. F., Darzé, L. F. M., Jesus, R. O., & Carneiro, R. T. O. (2023). Abordagem sobre microscopia óptica por meio de jogo interativo, no contexto da pandemia de COVID-19. Textura, 17(1):71-82.
Reis, J. S., Santos, B. M., & Nunes, B. N. C. (2022). Aula de física para estudante deficiente visual durante a pandemia Revista de estudios y experiencias en educación, 21(47), 472-492.
Rodrigues, M. S. L. (2022). Glossário áudio descritivo de química como recurso didático: produção partilhada com pessoas cegas e com baixa visão. TCC (Graduação) em Licenciatura em Química. Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Vila Velha, Espírito Santo.
Salgado, S. S. F., & Cruz, O. M. S. (2021). A descrição do sistema digestório humano para pessoas cegas por meio de acessibilidade tátil e em áudio. Benjamin Constant, 27(63), e276311, 2021.
Silva, L. E. C., & Santos, A. R. (2019). O Estado e o território de identidade do sisal na Bahia (BA): Conflitos da política territorial. Revista Política e Planejamento Regional, 6(1), 80-103.
Sociedade Brasileira de Visão Subnormal (SBVSN) (2010). I Consenso da Sociedade Brasileira de Visão Subnormal. São Paulo: Sociedade Brasileira de Visão Subnormal.
Sousa, A. K. L., Melo, C. A. do R., Quadros, J. V., Pinheiro, R. S., Coelho, S. P., Santos, W. H. L. dos, Amaral, N. C. L., & Ribeiro, P. K. C. (2024). Tabela periódica inclusiva: uma proposta ao ensino de Ciências Naturais para alunos cegos e com baixa visão. Revista Foco, 17(3), e4624.
