ANÁLISE HISTÓRICA DA CRUZ VERMELHA BRASILEIRA NA EDUCAÇÃO ESPECIALIZADA NA CIDADE DE PELOTAS, RS (1940-1949)
Palavras-chave:
História da Educação, História das Instituições, Educação de SurdosResumo
Explorando o vínculo e a importância da Cruz Vermelha Brasileira atuando na fundação da Escola Alfredo Dub na cidade de Pelotas, RS, entre os anos 1940 e 1949, buscamos evidenciar a contribuição da instituição humanitária sobre as práticas educativas em favor das crianças com diferentes casos de deficiências. O estudo se valeu da análise documental e tem como objetivo geral apresentar a constituição de uma instituição educativa e filantrópica que foi organizada a partir da relação entre dois educadores, quais sejam o foniatra austríaco Alfredo Dub e benemerente Maria de Lourdes Furtado Magalhães. Constatamos a existência de uma lacuna na historiografia em relação ao trabalho da Cruz Vermelha no campo educacional e, principalmente, no campo da Educação Especializada. Esta investigação funciona como laboratório para futuros estudos sobre História da Educação e História das Instituições.
Referências
Abrão, F. M. S., & Almeida, M. C. P. (2007). Raízes da pré-institucionalização da enfermagem profissional na cidade do Recife (PE) - 1922-1938. Revista Brasileira de Enfermagem, 60(1), 26-31.
Bezerra, G. F., & Furtado, A. C. (2017). A produção sobre História da Educação Especial nos Congressos Brasileiros de História da Educação (CBHEs): um lugar em construção. Educação em Revista, Belo Horizonte, 33.
Bohm, F. C. (2016). Aprendizagem da Matemática pelo aluno surdo: uma proposta bilíngue. Anais do XX Encontro Brasileiro de Estudantes de Pós-Graduação em Educação Matemática. Curitiba - PR.
Bohm, F. C. (2018). Multiplicação: ensinar e aprender em turmas de alunos surdos do Ensino Fundamental na Escola Especial Professor Alfredo Dub. [Dissertação de Mestrado em Educação Matemática, Instituto de Física e Matemática, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas].
Borges, A., & Gouvêa, F. C. F. A constituição do campo da Educação Especial no Brasil: entre tempos, lugares e pessoas. Cadernos de História da Educação, 22(Contínua), e154.
Brasil. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 2016, p. 496.
Costa, F. R. B. (2009). Formação e desenvolvimento profissional em Educação Física: dilemas e desafios na Educação Inclusiva. [Dissertação de Mestrado em Educação Física, Escola Superior em Educação Física, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas].
Cytrynowicz, R. (2000). A serviço da pátria: a mobilização das enfermeiras no Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 7(1), 73-91.
Cytrynowicz, R. (2005). Instituições de assistência social e imigração judaica. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 12(1), 169-184.
Dunant, H. (2016). Lembrança de Solferino. Comitê Internacional da Cruz Vermelha Genebra, Suíça: CICV.
Fagundes, É. V. (2002). A inclusão do estudante com necessidades educacionais especiais na escola regular em Pelotas (RS): limites e possibilidades. [Dissertação de Mestrado em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas].
Gatti, D. (2005). História da Educação em Perspectiva: ensino, pesquisa, produção e novas investigações. Campinas: Autores Associados; Uberlândia: EDUFU.
Gill, L. (2019). A luta de Olga por seus direitos: imigração, saúde e trabalho de mulheres em Pelotas, RS (década de 1940). História, São Paulo, (38).
Grützmann, T. P., Alves, R. S., & Lebedeff, T. (2020). Pedagogia visual na educação de surdos: uma experiência com o Ensino de matemática no Mathlibras. Práxis Educacional, Vitória da Conquista, 16(37), 51-74.
Januzzi, G. M. (2006). A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. Editora Autores Associados. Campinas: Autores Associados.
Karnopp, L. B., Klein, M., & Lunardi-Lazzarin, M. L. (2021). Produções culturais surdas no contexto da educação bilíngue. Revista Espaço. Periódico Científico do Instituto Nacional de Educação de Surdos, (56).
Lemos, E. (1981). Educação dos excepcionais: evolução histórica e desenvolvimento no Brasil. [Tese (Livre-Docência) - Departamentos de Fundamentos Pedagógicos, Centro de Estudos Aplicados, Universidade Federal Fluminense (UFF). Niterói].
Magalhães, J. P. (2004). Tecendo Nexos: História das Instituições Educativas. Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco.
Miranda, A. (2008). Educação Especial no Brasil: desenvolvimento histórico. Cadernos de História da Educação, (7), 29-44.
Oliveira, L. H. M. M., & Gatti Júnior, D. (2002). História das Instituições Educativas: Um Novo Olhar Historiográfico. Revista Cadernos de História da Educação, 1(1), 73-76.
Porto, F., Campos, P. F. S., & Oguisso, T. (2009). Cruz Vermelha Brasileira (Filial São Paulo) na imprensa (1916-1930). Esc Anna Nery Rev Enferm, 13(3), 492-99.
Progianti, J. M. (2004). Modelos de assistência ao parto e a participação feminina. Revista Brasileira de Enfermagem, 57(3), 303-305.
Rizzi, M. (2000). Historia de la enseñanza de la otorrinolaringología en Uruguay. Rev Med Uruguay, 16(3), 174-192.
Rogalski, S. (2010). Histórico do Surgimento da Educação Especial. Revista de Educação do Ideau, 5(12), 2-13.
Santos, L., & Miranda, R. (2022). História e memória da profissão de psicólogo no Brasil: Legislações e contexto sócio-histórico (1940-1950). Memorandum. Memória e História em Psicologia, 39.
Santos, L. A. C., & Faria, L. (2008). As ocupações supostamente subalternas: o exemplo da enfermagem brasileira. Saúde e Sociedade, 17(2), 35-44.
Santos, S. A., Santos, R. M., Costa, L. M. C., Macedo, A. C., & Barros, L. M. C. (2018). Capital simbólico do trabalho das visitadoras sanitárias da Fundação Serviço de Saúde Pública, Alagoas/Brasil. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 25(3), 817-839.
Saviani Filho, H. (2013). A Era Vargas: desenvolvimentismo, economia e sociedade. Revista Economia e Sociedade, 22(3), 855-860.
Silveira, C. (2019). Software Educativo como Auxílio na Construção de Conceitos Matemáticos com Alunos Surdos. In A. Schewtschik (Org.). Matemática: ciência e aplicações v. 3. Ponta Grossa: Atena Editora.
Silva, J. P. T. (2015). As doze horas que abalaram Pelotas: um estudo de caso da Revolução de 1923. [Dissertação de Mestrado em História, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas].
Silva, N. F. (2017). Práticas de disciplinamento e escolarização: Registros fotográficos no contexto surdo. [Dissertação de Mestrado em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas].
Teixeira, C. C. (2008). Interrompendo rotas, higienizando pessoas: técnicas sanitárias e seres humanos na ação de guardas e visitadoras sanitárias. Ciência & Saúde Coletiva, 13(3). 965-974.
Vieira, A. (2018). O Ensino de História para alunos surdos: uma experiência de Escola Bilíngue na cidade de Pelotas-RS. In F. Nunes, W. Kettle (Orgs.). Desafios do ensino de história e prática docente. Pará de Minas: VirtualBooks Editora, Publicação.
