CURSO BÁSICO DE LIBRAS COM INSTRUTORES SURDOS

Um caminho para transformações sociais

Autores

Palavras-chave:

Inclusão, Educação, Língua Brasileira de Sinais

Resumo

Diante de um contexto educacional de dificuldades na escolarização, alguns surdos conseguem desenvolver a Língua de Sinais em um aspecto mais amplo, alcançando níveis de conhecimento que os possibilita se tornar instrutores de Libras, tornando-se aptos a ministrar cursos para ouvintes. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é relatar e refletir sobre as experiências vivenciadas com instrutores surdos durante um Curso Básico de Libras. O curso foi desenvolvido no período de fevereiro a novembro de 2019, o qual foi composto por: aulas diferenciadas, aulas de campo, avaliações, oficinas em escolas e peças teatrais. Com a ocorrência deste, pôde-se experimentar o quão importante e necessário é o estudo da Língua Brasileira de Sinais para a inclusão.

Biografia do Autor

Carla Leitão da Silva, Universidade Federal de São Carlos

Mestranda em Educação pela Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba. Estudante de Especialização em Mídias na Educação pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte e Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Ceará.

Carolina Agostinho de Jesus, Instituto Federal do Ceará

Graduada no Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI, da Universidade Estadual do Ceará – UECE e Pós-graduanda no Curso de Especialização em Ensino de Ciências e Matemática, pelo Instituto Federal do Ceará – IFCE.

Jaiane Maria Silva, Instituto Federal do Ceará

Graduada no Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI, da Universidade Estadual do Ceará – UECE e Pós-graduanda no Curso de Especialização em Ensino de Ciências e Matemática, pelo Instituto Federal do Ceará – IFCE.

Mônica da Costa Vidal, Faculdade Futura

Graduada no Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, pela Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu – FECLI, da Universidade Estadual do Ceará – UECE e Pós-graduanda no Curso de Especialização em Metodologia de Ensino de Biologia e Química, pela Faculdade Futura.

Renata Fernandes de Matos, Universidade Estadual do Ceará

Graduada em Engenharia Agrônoma pela Universidade Federal do Ceará – UFC, Mestra e Doutora em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará. Atualmente é professora do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Ceará, atuando no setor de genética e evolução.

Referências

Aguiar, T. C., & Chaibue, K. (2015). Histórico das Escritas de Línguas de Sinais. Revista Virtual de Cultura Surda, 15, 1-28. https://editora-arara-azul.com.br/site/admin/ckfinder/userfiles/files/3%C2%BA%20Artigo%20para%20REVISTA%2015%20de%20THIAGO%20AGUIAR%20e%20KARIME%20CHAIBUE.pdf

Almeida, W. G. (2013). Introdução à Língua Brasileira de Sinais. v. 6. Ilhéus: UAB/UESC. http://www.santoandre.sp.gov.br/pesquisa/ebooks/398613.pdf

Angrosino, M. (2009). Etnografia e a observação participante. São Paulo: Penso.

Araújo, H. L. M. R., & Braga, A. C. C. (2019) A história da Língua Brasileira de Sinais. Revista Educação & Ensino, 3(2), 117-130. http://189.112.186.202/index.php/revista-educacao-e-ensino/article/view/44/43

Barbosa, H. (2018). Diário do Nordeste: Iguatu oferece ensino pioneiro em Libras no CE. https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/regiao/iguatu-oferece-ensino-pioneiro-em-libras-no-ce-1.1909551

Brasil. (2004). Ministério da Educação. Ensino de língua portuguesa para surdos: caminhos para a prática pedagógica. Brasília-DF. http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lpvol2.pdf

Brasil. (2005). Decreto nº 5.626/2005. Regulamenta a Lei n° 10.436 de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Brasília-DF. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm

Brasil. (1988). Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília-DF: Senado.

Busato, K. B. (2018). A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como ferramenta de inclusão das pessoas com surdez: um estudo a partir de uma escola pública de Ensino Fundamental de Vitória/ES. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Direito. Vitória: Faculdade de Direito de Vitória. http://191.252.194.60:8080/handle/fdv/719

Carbonell, J. (2002). A aventura de inovar: a mudança na escola. Coleção Inovação Pedagógica. Porto Alegre: Artmed.

Cardoso, V. R. (2017). Os dicionários da Língua Brasileira de Sinais e suas contribuições. Revista Sinalizar, 2(1), 50-66. https://www.revistas.ufg.br/revsinal/article/view/46235/23377

Correia, C. M., Ferraz, A. J., Souza, T. R., & Camilo, T. C. S. (2019). Escolarização de surdos: um caminho com dificuldades e consequências. Diálogos Acadêmicos IESCAMP – ReDAI, 2(1), 31-43. https://revista.iescamp.com.br/index.php/redai/article/view/44/22

Carmo, K. A. (2018) Educação inclusiva com surdos: estratégias e metodologias mediadoras para a aprendizagem de conceitos químicos. Dissertação de Mestrado em Química. Manaus: Instituto de Ciências Exatas, Universidade Federal do Amazonas.

Carneiro, M. A. (2008). O acesso de alunos com deficiência às escolas e classes comuns: possibilidades e limitações. Petrópolis: Vozes.

Castro-Júnior, G. (2014). Projeto Varlibras. Tese de Doutorado em Linguística. Brasília: Universidade de Brasília. https://repositorio.unb.br/handle/10482/17728

Cotonhoto, L. A., Rossetti, C. B., & Missawa, D. D. A. (2019). A importância do jogo e da brincadeira na prática pedagógica. Revista Construção Psicopedagógica, 27(28), 37-47. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cp/v27n28/05.pdf

Daxenberger, A. C. S., & Silva, B. F. (2018). O ensino de Libras, em uma escola no município de Areia-PB, por meio de extensão universitária. Revista Educação e Emancipação, 11(2), 194-214.

Declaração de Salamanca. (1994). Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. Salamanca-Espanha.

Diniz, H. G. (2010). A história da Língua de Sinais Brasileira (Libras): um estudo descritivo de mudanças fonológicas e lexicais. Dissertação de Mestrado em Linguística. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina. https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/93667/282673.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Felipe, T. A. (2009). Libras em contexto: curso básico – Livro do estudante. Rio de Janeiro: WaltPrint.

Freitas, C. R. C. (2014). Processo de compreensão e reflexão sobre a iniciação teatral de surdos. [Dissertação de Mestrado em Artes. Brasília: Universidade de Brasília.] https://repositorio.unb.br/handle/10482/15606

Gesser, A. (2009). Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo, Parábola.

Kelman, C. A., Silva, D. N. H., Amorim, A. C. F., Azevedo, D. C., & Monteiro, R. M. G. (2011). Surdez e família: facetas das relações parentais no cotidiano comunicativo bilíngue. Linhas Críticas, 17(33), 341-365. https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/3737

Lodi, A. C. B., & Lacerda, C. B. F. (2014). Uma escola, duas línguas: letramento em língua portuguesa e língua de sinais nas etapas iniciais de escolarização. Porto Alegre: Mediação.

Lunardi, M. L. (1998). Cartografando os estudos surdos: currículo e relações de poder. In C. B. Skliar (Org.), A surdez; um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação.

Marques, J. P. (2016). A “observação participante” na pesquisa de campo em Educação. Educação em Foco, 28, 263-284. https://revista.uemg.br/index.php/educacaoemfoco/article/view/1221/985

Mól, G. S. (2017). Pesquisa qualitativa em ensino de Química. Revista Pesquisa Qualitativa, 5(9), 495-513. https://editora.sepq.org.br/rpq/article/view/140/96

Monteiro, M. S. (2006). História dos movimentos dos surdos e o reconhecimento da Libras no Brasil. Educação Temática Digital, 7(2), 292-302. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/etd/article/view/810/pdf_2

Moura, C. M. A. B., & Leal, M. E. A. (2019). Libras na saúde: ensino da Língua Brasileira de Sinais para acadêmicos e profissionais da saúde. Revista Práticas em Extensão, 3(1), 2-7.

https://ppg.revistas.uema.br/index.php/praticasemextensao/article/view/1987/1454

Oliveira, Y. C. A., Celino, S. D. M., & Costa, G. M. C. (2015). Comunicação como ferramenta essencial para assistência a saúde dos surdos. Revista de Saúde Coletiva, 25(1). https://www.scielosp.org/pdf/physis/2015.v25n1/307-320/pt

Pena, T. T. S., & Moura, M. L. (2016) O ensino da Língua Brasileira de Sinais como segunda língua para ouvintes na fase adulta. In J. A. S. Salvador, G. M. Santos, M. L. Moura, O. A. Conte, & V. S. Pinheiro. Estudos e reflexões sobre Língua Brasileira de Sinais. Toledo: Editora Fasul. http://fagcoc.com.br/editora-fasul/e-books/livro42.pdf#page=179

Quadros, R. M. (1997). Educação de surdos a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul Ltda.

Quadros, R. M., Szeremeta, J. F., Costa, E., Ferraro, M. L., Furtado, O., & Silva, J. C. (2009). Exame Prolibras. Florianópolis. http://www.prolibras.ufsc.br/livro_prolibras.pdf

Quadros, R. M. (2017). Língua de Herança: Língua Brasileira de Sinais. Porto Alegre: Penso.

Reis, F. (2007). Professores surdos: identificação ou modelo. Estudos Surdos II. Petrópolis: Arara Azul. http://www.librasgerais.com.br/materiais-inclusivos/downloads/Estudos-Surdos-II.pdf

Ribeiro, C. S. (2020). Ensino de libras para alunos ouvintes na educação básica em Uberlândia: uma proposta didática e tecnológica. [Dissertação de Mestrado Profissional em Educação. Uberlândia: Universidade de Uberaba]. https://repositorio.uniube.br/handle/123456789/1227

Rodrigues, C. S., & Valente, F. (2012). Aspectos Linguísticos da Libras. Curitiba: IESDE Brasil.

Santo, W. F. E., & Silva, V. (2014). A relação do alfabeto manual de libras com a escrita na língua portuguesa pelo estudante surdo. In Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE artigos.

Sassaki, R. K. (2006). Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA.

Silva, J. G. (2018). Bilinguismo na escola: uma gestão inclusiva para surdos e ouvintes. https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/2064?mode=full

Silva, K. S. X., & Oliveira, I. M. (2016). O trabalho do Intérprete de Libras na escola: um estudo de caso. Educação & Realidade, 41(3), 695-712. https://www.scielo.br/j/edreal/a/zNcKDXPgt9V6VPScRqCb7XR/?lang=pt&format=pdf

Silva, M. F., & Dias, M. A. (2014). Oficina de libras com estratégias de formação: interpretação nas áreas de esporte e saúde. http://www.congressotils.com.br/anais/anais/tils2012_formacao_silvadias.pdf

Silva, N. O., Maranhão, T. L. G., & Nunes, G. C. (2020). Libras um instrumento facilitador: a importância do psicólogo organizacional na inclusão de pessoas surdas dentro das organizações. Id on Line Revista Multidisciplinar e de Psicologia, 14(51), 23-39. https://idonline.emnuvens.com.br/id/article/view/2534/4057

Silva, R. R. (2012). O ensino da libras para ouvintes: análise comparativa de três materiais didáticos. In N. A. Albres (Org.), Libras em estudo: ensino-aprendizagem. São Paulo: FENEIS.

Silva, V. G. M., Morais, S. E., & Souza, W. P. (2018). Uma plataforma online para o ensino da língua brasileira de sinais (libras) como segunda língua para ouvintes da língua portuguesa. Anais da 10ª Jornada de Iniciação Científica e Extensão. Palmas: Instituto Federal de Tocantins.

Souza, A. S. C. (2020). A importância do ensino da Libras na educação infantil: desafios e dificuldades na ausência de professor bilíngue. [Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Inclusão e Diversidade na Educação. Santo Antônio de Jesus: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia]. http://www.repositoriodigital.ufrb.edu.br/bitstream/123456789/2292/1/TCE_Ariadne%20Souza.pdf

Sousa, M. F., & Vieira, P. A. (2018). Alunos ouvintes aprendendo libras com professores surdos: um estudo sobre crenças. Transversal - Revista em Tradução, 4(7), 3-21. http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/38104

Trask, R. L. (2012). Dicionário de Linguagem e linguística. Tradução e adaptação Ilari R. São Paulo: Contexto.

Trevisan, M. D. (2019). Relações entre o esvaziamento da função simbólica e o desinteresse discente pelas rotinas escolares. Educação em foco, 36, 113-131. https://revista.uemg.br/index.php/educacaoemfoco/article/view/2700/2055

Vasconcelos, T. A. S., Barros, M. P. L., Araújo, A. C. S., & Correia, A. A. B. A. A comunicação entre ouvintes e pessoas surdas através da Libras nos espaços públicos. Revista Semiárido De Visu, 4(2), 70-76.

Vale, L. M. (2019). Curso Básico de Língua Brasileira de Sinais – Libras. Enap. http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/4121

Valente, J. A., Almeida, M. E. B., & Geraldini, A. F. S. (2017). Metodologias ativas: das concepções as práticas em distintos níveis de ensino. Revista Diálogo Educacional, 17(52), 455-478. https://www.redalyc.org/pdf/1891/189154955008.pdf

Zanette, M. S. (2017). Pesquisa qualitativa no contexto da Educação no Brasil. Educar em Revista, 65, 149-166. https://www.scielo.br/pdf/er/n65/0104-4060-er-65-00149.pdf

Downloads

Publicado

2022-12-31

Edição

Seção

RELATO DE EXPERIÊNCIAS