DUPLO AEE PARA ESTUDANTES COM DUPLA EXCEPCIONALIDADE: PERCEPÇÕES DE PROFESSORES

Autores

  • RAIMUNDA LEILA JOSÉ SILVA Universidade de Brasília
  • Juliana Eugênia Caixeta Universidade de Brasília

Palavras-chave:

Inclusão, Dupla Excepcionalidade, AEE

Resumo

Este estudo objetivou analisar o Atendimento Educacional Especializado para estudantes com Dupla Excepcionalidade na área de Ciências da Natureza, a partir da percepção de docentes especialistas. A dupla excepcionalidade é caracterizada como uma condição na qual a pessoa apresenta altas habilidades/superdotação coexistindo com uma deficiência, transtorno e/ou distúrbio de aprendizagem. A abordagem de pesquisa utilizada foi a qualitativa. Participaram da pesquisa três docentes que atuam nas Salas de Recursos Específicas para Altas Habilidades/Superdotação no Distrito Federal. Os dados foram analisados na perspectiva da análise narrativa.  Os resultados evidenciaram que o AEE para estudantes com DE tende a ser ofertado, considerando as AH/SD e, separadamente, o transtorno, a deficiência e/ou a distúrbio de aprendizagem, para tanto, defendemos a necessidade do AEE, onde aconteçam tanto a complementação quanto a suplementação, simultaneamente.

Referências

Alencar, E. M. L. S.; Fleith, D. S.; Rezende, D. V. (2016). Desafios no diagnóstico de dupla excepcionalidade: um estudo de caso. Revista de Psicologia, v. 34, n. 1. P. 61-84.

Alencar, E. M. L. S.; Guimarães, T. G. (2013). Estudo de caso de um aluno com características de superdotação e transtorno de Asperger. In: ALENCAR, E. M. L. S.; FLEITH, D. S. (Orgs.) Superdotados: trajetórias de desenvolvimento e realizações. Curitiba: Juruá Psicologia, p. 109-120.

Alves, R. J. R.; Nakano, T. C. (2015). A dupla-excepcionalidade: relações entre altas habilidades/superdoção com síndrome de Asperger, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e transtornos de aprendizagem. Revista Psicopedagogia, v. 32, n. 99 p. 346-360.

Anjos, H. H. de C. dos. (2018). Ações inclusivas mediacionais no ensino de ciências no contexto de uma escola pública do DF. 2018. 168 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) – Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Universidade de Brasília.

Associação de Psiquiatria Americana. (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-V). Tradução: NASCIMENTO, Maria Inês Corrêa, et al. Porto Alegre: Artmed.

Benito, Y. Superdotacion y Asperger. (2009). Madrid: Eos Gabinete de Orientacion Psicologica, . 226 p.

BRASIL, Ministério da Educação. (1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Diário Oficial da União de 23 de dezembro de.

BRASIL, Ministério da Educação. (2008). (SEESP), S. D. E. E. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: MEC.

Brasil. (2015). Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência n° 13.146 de 6 de Julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília: Casa Civil.

Brasil, Ministério da Educação. (2006). Sala de recursos Multifuncionais –Espaço para atendimento especializado. Brasília: Secretaria de Educação Especial.

Brasil, Ministério da Educação. (2014). Nota Técnica Nº 04 / 2014 / MEC / SECADI / DPEE. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Diretoria de Políticas de Educação Especial.

Brasil, Ministério da Educação. (2009). Resolução CNE/CEB 4/2009. Diário Oficial da União, Brasília, Seção 1, p. 17.

Caixeta, J. E.; Mól. G. (2020). Orientações Metodológicas Iniciais para Pesquisa Qualitativa no Ensino de Ciências Inclusivo. In: CAIXETA, J. E.; SOUSA, M. do A.; SILVA, R. L. J. da.; SANTOS, P. F. (Orgs.). Inclusão, Educação e Psicologia: mediações possíveis em diferentes espaços de aprendizagem. Campos dos Goytacazes: Encontrografia.

Governo do Distrito Federal. (2010). Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Operacionais da Educação Especial. Brasília.

Governo do Distrito Federal. (2021a). Secretaria de Estado de Educação. PORTARIA Nº 14, DE 11 DE JANEIRO DE 2021. Brasília.

Governo do Distrito Federal. (2021b). Secretaria de Estado de Educação. PORTARIA Nº 435, DE 30 DE AGOSTO DE 2021. Brasília.

Espíndula, F. S. (2018). Breve Histórico do Atendimento Especializado em Altas Habilidades/Superdotação do Distrito Federal. In: SANTOS, Kelly Fabíola Viana dos (Org.). Memórias e perspectivas: 40 anos do AEE AH/SD-DF. Brasília, DF: ICEIB, p. 33 - 44.

Guimarães, T. G. Alencar, E. M. L. S. (2012). Dupla Excepcionalidade superdotação e transtorno de Asperger: contribuições teóricas. Revista AMAzônica, LAPESAM/GMPEPPE/UFAM/CNPq/EDUA. Ano 5, vol. X, nº 3, p. 95-108, jul-dez.

Guimarães, T. G.; Ourofino, V. T. A. T. de. (2007). Estratégias de Identificação do Aluno com Altas Habilidades/Superdotação. In: Fleith, D. de. S. (Org.). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação: volume 1: orientação a professores. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007. p. 53-65.

Guimarães, T. G. Alencar, E. M. L. S. (2013). Estudo de caso de um aluno com características de superdotação e transtorno de Asperger. In: Fleith, D. S.; Alencar, E. M. L. S. (Orgs.). Superdotados: trajetórias de desenvolvimento e realizações. P. 109-120. Curitiba: Juruá Editora.

Gonçalves, T. dos S.; Crenitte, P. A. P. (2014). CONCEPÇÕES DE PROFESSORAS DE ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE OS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM. Rev. CEFAC. Mai-Jun.; 16(3):817-829. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/rcefac/a/5FdQnK3JQrQLZwQC3ftDYPg/?format=pdf&lang=pt> Acesso em Set/2021.

Medeiros, P. C. V. de B. (2018). Atendimento educacional especializado: uma proposta de ações no Ensino de Ciências para o professor especialista. 2018. 209 f., il. Dissertação (Mestrado Profissionalizante em Ensino de Ciências) – Universidade de Brasília, Brasília.

Nakano, T. de C. Dupla Excepcionalidade: compreensões iniciais sobre o conceito. (2021). In: Roama-Alves, R. J.; Nakano, T. de C. (Orgs.). Dupla excepcionalidade: altas habilidades/superdotação nos transtornos neuropsiquiátricos e deficiências. 1. ed. São Paulo: Vetor Editora.

Ottone-Cross, K.; Gelbar, N. E.; Dulong-Langley, S.; Root, M.M.; Avítia, M. J. Bray, M. A.; Courville, T.; Pan, X. (2019). Giffed and learning-disabled: A study of strengths and weaknesses in higher-order processing. International Journal of School & Educational Psychology. International Journal of School & Educational Psychology, 7:sup1, 173-181, 2019. Disponível em: <https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/21683603.2018.1509034?journalCode=usep20> Acesso em Jul/2021.

Pfeiffer, S. I. (2015). Gifted studentes with a coexisting disability: The twice exceptional. Estudos de Psicologia. Campinas, 32(4), p. 717-727. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/estpsi/a/vKwb6g6bLjVF4NGNjMK57ww/?lang=en>. Acesso em Jun/2021.

Prestes, Z.; Tunes, E. (2021) Psicologia, educação e desenvolvimento: escritos de L. S. Vigotski. (tradução e organização). São Paulo: Expressão Popular, 2021. Disponível em:< https://www.expressaopopular.com.br/loja/wp-content/uploads/2021/02/Psicologia_desenvolvimento_Site_clube.pdf >. Acesso em set/2021.

Rezende-Vilarinho, D.; Fleith, D. de S.; Alencar, E. M. L. S. (2016). Desafios no diagnóstico de dupla excepcionalidade: um estudo de caso. Revista de Psicologia, vol. 34, n.1.

Rocha, A. de l. (2015). C. Altas habilidades/superdotação e surdez: reconhecimento da dupla condição. 2015. 131 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Católica de Brasília, Brasília.

Sampieri, R. H.; Collado, E. F.; Lucio, M. de P. B. (2013). Metodologia de Pesquisa. (5a ed.). Porto Alegre: Penso.

Silva, K. C. D. da. (2018). Atendimento Educacional Especializado: Uma proposta pedagógica de apoio a professores de Ciências da Natureza. 2018. 182f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) – Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Universidade de Brasília.

Silva, S. C. F.; Rangni, R. de A. (2019). Indicadores de altas habilidades/superdotação em aluno com síndrome de asperger: um estudo de caso. EccoS – Ver. Cient., São Paulo, n. 51, e8334, out,/dez.

Souto, W. K. C. S. (2019). Inclusão Educacional de um Aluno Superdotado com Transtorno de Asperger No Ensino Fundamental: Um Estudo de caso. Brasília, 2019.173 f. Dissertação (Mestrado - Mestrado em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde) – Universidade de Brasília.

Yin, R. K. (2016). Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre: Penso.

Taucei, J. dos R.; Stolz, T. (2018). Dupla excepcionalidade, potencialidades e dificuldades: uma discussão a partir de estudo de caso. In: VIRGOLIM, A. M. R. (Org.) Altas Habilidades/Superdotação: processos criativos, afetivos e desenvolvimento de potenciais. Curitiba: Juruá, p.239-259.

Toledo, L. M. de.; Sabroza, P. C. (2011). O que são transtornos mentais? Noções básicas. Rio de Janeiro: ENSP/FIOCRUZ.

Vigotsky, L. S. (2011). A defectologia e o estudo do desenvolvimento da educação anormal. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 37, n. 4, p. 861-870, dez.

Vigotsky, L. S. (1991). Obras escogidas I. Madrid, Visor.

Downloads

Publicado

2021-12-23

Como Citar

SILVA, R. L. J.; CAIXETA, J. E. DUPLO AEE PARA ESTUDANTES COM DUPLA EXCEPCIONALIDADE: PERCEPÇÕES DE PROFESSORES. REIN - REVISTA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, Campina Grande, Brasil., v. 6, n. 1, p. 129–139, 2021. Disponível em: https://revista.uepb.edu.br/REIN/article/view/599. Acesso em: 22 dez. 2024.