A HISTÓRIA E AS CONTRIBUIÇÕES DE MARIA MONTESSORI PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
Abstract
Esse estudo objetivou analisar as contribuições de Maria Montessori para a evolução dos estudos na área da Educação Especial na perspectiva inclusiva. Na elaboração desta tessitura textual utilizaram-se informações da vida pessoal e profissional da referida autora. A metodologia utilizada trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva, com o uso da pesquisa bibliográfica por meio de autores como Montessori (1943), Kramer (1976), Mantoan (2003), Perrenoud (2001), Lustosa (2017) e Saviani (2019). Os dados obtidos evidenciaram que embora a própria Montessori tenha proposto no início da sua carreira pedagógica a separação escolar entre crianças “anormais” e “regulares”, é possível identificar um potencial para a inclusão em seu método, visto que ele foi inicialmente elaborado para favorecer o processo de aprendizagem e desenvolvimento de crianças com deficiência. Ademais, para um professor montessoriano, lidar com as particularidades de alunos com deficiência, transtornos e /ou dificuldades de aprendizagem é parte do processo de lidar com as particularidades de cada aluno. O aluno não precisa ser excluído pela sua diferença quando se considera que todos os alunos são diferentes. Diante disso, evidencia-se a importância dos profissionais da educação absorverem de forma reflexiva o legado de Maria Montessori, acerca dos processos de aprendizagem das pessoas com deficiência
References
Aranha, M. L. de A. (1989). História da Educação. (1a ed.). São Paulo: Moderna.
Ariès, P. (1981). História Social da Criança e da Família. (2a ed.). Rio de Janeiro: LTC.
Carvalho, R. E. (2016). A instituição/escola de educação especial na perspectiva inclusiva: desenho contemporâneo. Revista Diálogos e Perspectivas em Educação Especial, 3(1), 3-13.
Chassot, A. (2004). A ciência é machista? É sim, senhora! Revista Contexto em Educação, 19(71), 9-28.
Gesser, A. (2020). Libras, que língua é essa? crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo, Parábola.
Gil, A.C. (2002). Como elaborar projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas.
Kramer, R. (1976). Maria Montessori: a biography. [s.l.]: Capricorn Books.
Lima, E. (2005). O exercício da autonomia. In Coleção Memória da Pedagogia, Rio de Janeiro: Ediouro; São Paulo: Segmento-Duetto, 3(3), p. 70.
Libâneo, J. C. (1994). Didática. São Paulo: Cortez.
Lustosa, F. G. (2017). Maria Montessori e seu legado teórico para a Educação Especial: uma vida dedicada às crianças. In F. G. Lustosa, & F. Bomfim (Orgs.). Diversidade, diferença e deficiência: análise histórica e narrativas cinematográficas. Fortaleza: Edições UFC, 209-235.
Mantoan, M. T. E. (2003). Inclusão escolar: O que é? Por quê? Como fazer? São Paulo, Moderna.
O'Donnell, M. (2007). Maria Montessori. New York, Bloomsbury Academic.
Perrenoud, P. A. (2001). A Pedagogia na Escola das Diferenças: Fragmentos de uma sociologia do fracasso. Porto Alegre, Artmed Editora.
Pessotti, I. (1984). Deficiência Mental: da superstição à ciência. São Paulo: T. A. Queiroz.
Saviani, D. (2019). História das ideias pedagógicas no Brasil. (5a ed.). Campinas, Autores Associa-dos.
Schiebinger, L. (1989). The Mind Has No Sex? Women in the Origins of Modern Science. Harvard University Press, Cambridge.
Tezzari, M. L. (2009). Educação Especial e Ação Docente: da medicina à educação. [Tese de Dou-torado – UFRGS]. Porto Alegre. Cap. 5 e 6.
Yin, R. K. (2016). Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre: Penso.