ADAPTAÇÃO CURRICULAR E METODOLÓGICA PARA INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM TEA NO IFAC: ANÁLISE DE UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA

Autores

Palavras-chave:

Produto Educacional, Transtorno do Espectro Autista, Inclusão, Formação Continuada

Resumo

O processo de inclusão das pessoas com deficiência leva às instituições de ensino, nos mais diversos níveis e modalidades, estudantes com deficiências diversas. Esse grupo de estudantes, cujas necessidades educacionais exigem adaptações constantes, reforça a importância da formação continuada de docentes. Os momentos de estudo têm como intuito a busca por estratégias que favoreçam o acolhimento, a permanência e o êxito desses estudantes. O presente estudo propôs um modelo de formação continuada de docentes para inclusão de estudantes com transtorno do espectro autista (TEA) no Instituto Federal do Acre (Ifac) a partir de demandas internas. Para tanto, realizou-se uma pesquisa aplicada de abordagem qualitativa e objetivo exploratório com aplicação de questionário a docentes e entrevistas com gestores dos setores ligado ao ensino no Ifac Campus Rio Branco. Desenvolvida na plataforma Moodle do Ifac, a pesquisa foi avaliada por especialistas que consideraram adequada aos objetivos propostos, por ter características que possibilitam a efetivação de formação continuada para todos os docentes respeitando suas próprias necessidades e, principalmente, as especificidades dos estudantes com TEA. O curso configura-se como uma proposta que favorece o fortalecimento das políticas públicas afirmativas e contribui com comprometimento institucional para efetivação dos direitos dos educandos com TEA e sua aplicação não se restringe aos docentes do Ifac ou da educação profissional e tecnológica, mas a todos os educadores interessados em promover a inclusão do estudante com TEA nas práticas educativas.

Biografia do Autor

Cássia Andréia de Souza Lima, Instituto Federal do Acre - IFAC

Mestra em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) no IFAC. Possui Pós-Graduação em: Desenvolvimento Humano, Educação e Inclusão Escolar pela Universidade de Brasília - UnB (2015); Planejamento, Implementação e Gestão da Educação à Distância pela Universidade Federal Fluminense - UFF (2013) e; Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Amazonas - IFAM (2011). Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Acre - UFAC (2005) e em Pedagogia pela Universidade Federal do Acre - UFAC (1998). Atuou como supervisora do PIBID da Universidade Federal do Acre de 2013 a 2016. É professora com cargo efetivo na SEE/Acre.

Cledir de Araújo Amaral, Instituto Federal do Acre - IFAC

Possui graduação em Licenciatura em Educação Física pela Universidade Federal do Acre (2004), especialização em Gestão e Administração do Esporte e Lazer pelo Instituto de Ensino Superior do Acre (2005), mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Federal do Acre (2014) e doutorado em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz (2018). É professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre onde desenvolve ações de Ensino, Pesquisa e Extensão. Docente do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica em Rede Nacional (ProfEPT). Tem experiência nas áreas: Educação Profissional, com ênfase em Práticas Educativas; Educação Física, com ênfase em educação física escolar; e Saúde Coletiva, com ênfase em epidemiologia. Atua principalmente nos seguintes temas: educação profissional, cultura corporal de movimento, capoeira, atividade física e saúde, qualidade de vida e epidemiologia das doenças crônicas.

Referências

Araújo, P. H., dos Santos, V. A., & Borges, I. C. (2021). O autismo e a inclusão na educação infantil: estudo e revisão. Brazilian Journal of Development, 7(2), 19775-19789.

de Lima Araujo, R. M., & Frigotto, G. (2015). Práticas pedagógicas e ensino integrado. Revista Educação em Questão, 52(38), 61-80.

Brasil. (2011). Decreto n. 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Presidência da república. Secretária-geral. Subchefia para assuntos jurídicos. Brasília, 17 de novembro de 2011.

Brasil. (2015). Lei n. 13.146, de 6 de junho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Presidência da república. Secretária-geral. Subchefia para assuntos jurídicos. Brasília, 6 de julho de 2015.

Brasil. (2008). Congresso Nacional. Lei n. 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de

Brasil. (2004). Ministério da Educação. Decreto n. 5.154, de 23 de julho de 2004. Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências.

Brasil. (2003). Educação profissional. Indicadores para ação: interface educação profissional/educação especial. Brasília: MEC/SEESP, 2003. 84 p.

Da Costa, M. G. N., & de Oliveira, F. K. (2020). A prática docente de professores não licenciados no Ensino Médio Integrado à Educação Profissional e Tecnológica. Revista Semiárido De Visu, 8(3), 512-523.

Da Silva, P. V. T., Budel, G. C., & Ross, P. R. (2018). A formação continuada em atendimento educacional especializado: uma experiência no ambiente virtual de aprendizagem Eureka. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 13(2), 855-871.

De Menezes Rodrigues, J., & de Sales, E. R. (2020). Os desafios no ensino de matemática para uma aluna com deficiência visual em uma escola inclusiva. REAMEC-Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, 8(1), 139-151.

De Lima, F. J., & dos Santos Silva, F. T. (2008). Barreiras atitudinais: obstáculos à pessoa com deficiência na escola. Itinerários da inclusão escolar: múltiplos olhares, saberes e práticas, 6-9.

Diniz-Pereira, J. (2010). Verbete ‘formação continuada de professores’. Dicionário “Trabalho, profissão e condição docente”. Belo Horizonte: GESTRADO/UFMG.

Franco, A. B. M., & Vilaronga, C. A. R. (2021). O contexto da inclusão escolar nos Institutos Federais e no Ensino Médio integrado: The context of school inclusion in federal institutes and integrated high school. Revista Cocar, 15(33).

Frigotto, G., Ciavatta, M., & Ramos, M. (2005). O trabalho como princípio educativo no projeto de educação integral de trabalhadores–Excertos. S/A

Frigotto, G., Ciavatta, M., & Ramos, M. (2005). A gênese do decreto N. 5.154/2004 um debate no contexto controverso da democracia restrita. Revista Trabalho Necessário, 3(3).

Libâneo, J. C. (2004). Organização e gestão da escola. Teoria e prática, 5.

Rosa, M. I. D. F. P. D. S., & Schnetzler, R. P. (2003). A investigação-ação na formação continuada de professores de ciências. Ciência & Educação (Bauru), 9.

Rodrigues, L. C. (2010). A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho: um estudo de caso [Dissertação de Mestrado, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil].

Santos, S. M. M. (2004). Formação continuada numa perspectiva de mudança pessoal e profissional. Sitientibus, Feira de Santana, 1(31).

Baraúna, S. M., & Santos, A. F. (2010). Docência universitária: Uma perspectiva inclusiva. Formação docente e práticas pedagógicas: olhares que se entrelaçam. Junqueira & Marin: Belo Horizonte. MG. FAPEMIG, 269-306.

Saviani, D. (2011). Formação de professores no Brasil: dilemas e perspectivas. Poíesis Pedagógica, 9(1), 07-19.

Downloads

Publicado

2025-01-24

Como Citar

SOUZA LIMA, C. A. de; AMARAL, C. de A. ADAPTAÇÃO CURRICULAR E METODOLÓGICA PARA INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM TEA NO IFAC: ANÁLISE DE UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA. REIN - REVISTA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, Campina Grande, Brasil., v. 10, n. 1, p. 147–169, 2025. Disponível em: https://revista.uepb.edu.br/REIN/article/view/1572. Acesso em: 4 mar. 2025.