Registros de Representação Semiótica e a Síndrome de Noonan: Possibilidades no Ensino e Aprendizagem da Matemática

Autores

  • Rosemeire Bolognezi Universidade Estadual de Maringá (GTEG - UEM)

Palavras-chave:

Aprendizagem Matemática, Educação Inclusiva, Registros de Representação Semiótica, Síndrome de Noonan

Resumo

Este artigo tem como objetivo ampliar a compreensão no processo de aprendizagem das operações básicas de soma e subtração de Matemática de um aluno com Síndrome de Noonan. O sujeito, aluno de 15 anos matriculado no 6º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública estadual de Londrina – PR com Síndrome de Noonan. A coleta de dados foi realizada por meio da observação participante e de uma sequência de atividades implementadas com o mesmo. Como respaldo teórico para implementação das atividades, sendo utilizada a Teoria dos Registros de Representação Semiótica de Raymond Duval, articulando assim as atividades de modo a contemplar tratamentos e conversões de registros. Os resultados evidenciaram a dificuldade do aluno ao operar matematicamente com o registro numérico, contudo, a utilização de materiais manipuláveis, o registro figural, o registro em língua natural e, sobretudo, a mediação do professor, contribuíram para o desenvolvimento cognitivo deste aluno.

Biografia do Autor

Rosemeire Bolognezi, Universidade Estadual de Maringá (GTEG - UEM)

Professora do quadro do magistério – Secretaria de Educação do Estado do Paraná, Brasil. Mestre em Educação pela Pontifica Universidade Católica do Paraná – PUCPR. Integrante do Grupo de Pesquisa em Ensino de Geometria da Universidade Estadual de Maringá (GTEG - UEM). 

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Publicado

2020-06-08