EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA SURDOS NO BRASIL:

dificuldades e conquistas

Autores

Palavras-chave:

Educação Inclusiva, Libras, Políticas Educacionais, Comunidade surda

Resumo

Este artigo objetiva expor considerações sobre a educação inclusiva para surdos no Brasil, suas dificuldades e conquistas, apresentando as diferenças enfrentadas, os preconceitos gerados e as superações alcançadas pela comunidade surda na área da educação. Na nossa legislação nos submetemos as políticas educacionais que garantem o direito à educação universal e igualitária, mas a sociedade ainda caminha na busca da equidade. A área da educação inclusiva traz os benefícios do aprendizado da Língua de Sinais - LIBRAS para crianças ouvintes e surdas, possibilitando assim a comunicação que foi tirada da população surda por vários anos. Foram abordados os aspectos sobre a história da educação na área da surdez baseados em autores como Gesser (2009), Perlin (1998), Faria e Cavalcante (2010) dentre outros. A pesquisa tem abordagem por meio da análise bibliográfica e documental na qual foram analisadas as leis que dizem a respeito da população surda na área educacional como a Lei de Diretrizes e Bases – LDB (1996), Constituição Federal (1988), a Declaração de Salamanca (1994), dentre outras. O estudo evidenciou que houve uma grande melhoria na comunicação, na educação e na inclusão dos surdos nos aspectos social, políticos, econômicos e culturais, mas que ainda passar por um processo construtivo e atitudinal, para que verdadeiramente possa haver uma educação inclusiva com os seus direitos assegurados.

Biografia do Autor

Karla Rêgo, Universidade Estadual da Paraíba - UEPB

Mestra pelo Programa de Pós-graduação em Formação de Professores, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Graduada em Letras pela Universidade Estadual da Paraíba. Licenciada pela UNISUL/Santa Catarina no curso de Licenciatura Plena em Formação Pedagógica para Formadores em Educação Profissional. Especialista em Educação Especial Inclusiva, pela Universidade Gama Filho e em Novas Tecnologias da Educação pela Universidade Estadual da Paraíba(UEPB). Iniciei minhas atividades com pessoas com deficiência em 1997 na APAE de Campina Grande - Paraíba na condição de voluntária, onde tinha a função de fazer leituras com crianças com Síndrome de Down e Deficiência Intelectual, e na Escola de Audiocomunicação Demóstenes Cunha Lima onde tive experiência com surdos. Trabalhei na Unidade de Educação Profissional do Departamento Regional da Paraíba, SENAI, como Coordenadora Pedagógica, orientando, desenvolvendo ações, capacitando docentes e supervisionando as Unidades Educacionais da instituição, como Interlocutora do Programa SENAI de Ações Inclusivas, atuando na coordenação das ações inclusivas das escola do SENAI Paraíba, desenvolvendo material didático adaptado e no Atendimento Educacional Especializado - AEE para os alunos com deficiência, além de ser Interlocutora do Programa SENAI de Capacitação Docente onde atuava na formação continuada dos professores presencialmente e no acompanhamento dos docentes nos cursos a distância realizados pela instituição. Trabalhei no Núcleo de Acessibilidade e Inclusão-NAI da UEPB Campus I como tradutora de Libras para português e no Atendimento Educacional Especializado com alunos do Mestrado, Especialização e Graduação. Trabalho como Ledora, Transcritora, com Audiodescrição e ministro capacitações voltadas para a formação de professores com foco para a pessoa com deficiência.

Referências

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Publicado

2024-10-11

Como Citar

RÊGO, K. EDUCAÇÃO INCLUSIVA PARA SURDOS NO BRASIL: : dificuldades e conquistas. REIN - REVISTA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, Campina Grande, Brasil., v. 9, n. 1, p. 96–107, 2024. Disponível em: https://revista.uepb.edu.br/REIN/article/view/1762. Acesso em: 4 mar. 2025.