TECNOLOGIAS DIGITAIS PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL PRELIMINAR DE PESQUISA
Palavras-chave:
Tecnologias digitais a serviço da inclusão, Ensino-aprendizagem de alunos com deficiência intelectual, Experiências pedagógicas sensíveis e transformadorasResumo
Objetiva-se aqui apresentar e refletir sobre dados de uma preliminar de pesquisa, conforme proposto pela Resolução nº 510, de 2016, do Conselho Nacional de Saúde, realizada para compreender aspectos mais amplos do processo de ensino-aprendizagem, dos alunos com deficiência intelectual na rede regular de ensino, com vias a aprofundamento posterior. Para a análise dos dados, utilizou-se a técnica da análise de conteúdo de Laurence Bardin – tal técnica pressupõe pré-análise, categorização e, posteriormente, realização de inferências. Seis categorias emanaram da organização do material das conversas: (i) formação continuada, (ii) projetos específicos voltados para inclusão, (iii) técnicas pedagógicas e questões atitudinais, (iv) tecnologias digitais; (v) ludicidade; (vi) empatia. Os dados da preliminar de pesquisa foram, então, analisados à luz de literatura pertinente e tal análise foi balizada pelas categorias informadas. Dados da preliminar sugerem, entre outras coisas, que apenas com um planejamento estruturado e compatível com a realidade dos alunos e do contexto escolar, o professor conseguirá trabalhar tecnologias de forma criativa e atraente, para a valorização da individualidade de cada um - respeitando limitações e otimizando potencialidades - sobretudo no que tange ao processo de ensino e aprendizagem de alunos com deficiência. A escola é um espaço para o desenvolvimento humano, que primordialmente deve acolher, respeitar e educar. Assim, reitera-se a importância de desenvolver atividades em voga com o tecnológico, respeitando especificidades e limites dos alunos.
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