Passagem e Progresso na antropologia de Kant

Autores

  • Antonio JUNIOR UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Palavras-chave:

Passagem, Progresso, Liberdade, Natureza, Antropologia

Resumo

Esse artigo tem como objetivo analisar como a antropologia pode representar um modo de realização da passagem entre liberdade e natureza no pensamento de Kant. Assim, pretendemos deixar claro que o problema inaugurado nas introduções à Crítica da Faculdade de Julgar, sobre a possibilidade de uma passagem entre o abismo aparentemente intransponível da liberdade e da natureza se torna possível não apenas a partir das reflexões realizadas sobre a faculdade de julgar e suas implicações nos juízos de gosto sobre o belo e nos juízos de finalidade, mas, também, a partir da tese do progresso presente na filosofia da história de Kant que recebe uma de suas formas de realização nas questões que envolvem a natureza humana (antropologia). Para construirmos nosso argumento, vamos analisar primeiramente a antropologia em sua relação com a filosofia da história a partir das teses do progresso e da sociabilidade insociável do homem, para, em seguida, compreender como a essência do homem passa a ser definida no idealismo Crítico, de modo que compreendamos o alcance sistemático da antropologia em um possível sentido de passagem (da teoria à prática, ou da primeira para a segunda Crítica) e, por fim, nos deter na ideia da antropologia como uma segunda parte da moral kantiana, de modo que possamos entendê-la como uma forma de realização da passagem da liberdade à natureza e que pode ser realizada no curso da história da humanidade (não como indivíduo, mas como espécie), para que a Natureza cumpra com o seu propósito de desenvolver todas as disposições naturais no homem, que culmina em sua destinação moral.

Biografia do Autor

Antonio JUNIOR, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Doutor em Filosofia pela UFPR (2019); Mestre em Filosofia pela UFPR (2014).

Referências

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LISTA DE ABREVIATURAS

As obras de Kant que são utilizadas no presente trabalho são citadas de acordo com as edições disponíveis em português (salvo as obras sem edição nesta língua) e de acordo com a edição da Academia, disponível no site www.korpora.org/kant/verzeichnisse-gesamt.html.

Deste modo, as citações obedecerão ao seguinte modelo: KANT, KdU, 05: 35; p. 196, ou seja, primeiramente vem o nome do autor, seguido da abreviação do nome da obra, acompanhado do volume da edição e da página da Academia e o número da página da edição em português. A única exceção é a Crítica da Razão Pura (KrV) que obedecerá a sua forma convencional de referência correspondente à primeira “A” e segunda “B” edição.

Os textos sem edição em português apresentam tradução de minha própria autoria.

As abreviaturas das obras de Kant que utilizei no presente trabalho são as seguintes

AA – Akademie Ausgabe – Edição da Academia (AA)

Anth – Anthropologie in pragmatischer Hinsicht – Antropologia de um ponto de vista pragmático (AA 07)

Br – Briefe – Cartas (AA 10-13)

GMS – Grundlegung zur Metaphysik der Sitten – Fundamentação da metafísica dos costumes (1785) (AA 04)

IaG – Idee zu einer allgemeinen Geschichte in weltbürgerlicher Absicht – Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita (AA 08)

KpV – Kritik der praktischen Vernunft – Crítica da razão prática (AA 05)

KrV – Kritik der reinen Vernunft (Originalpaginierunt A/B) – Crítica da razão pura (paginação original A 1781, B 1789)

KdU – Kritik der Urteilskraft – Crítica da faculdade de julgar (AA 05)

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Publicado

2020-09-02

Como Citar

JUNIOR, A. D. B. (2020). Passagem e Progresso na antropologia de Kant. REVISTA INSTANTE, 2(2), 18–32. Recuperado de https://revista.uepb.edu.br/revistainstante/article/view/226