Atrás do pensamento: a escrita sem logos de Objeto gritante e Água viva, de Clarice Lispector

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29327/256399.11.2-12

Palavras-chave:

Clarice Lispector, Helène Cixous, Animalidade, Autoria feminina

Resumo

A obra Água viva, originalmente chamada de Objeto gritante, foi muitas vezes modificada até sua definitiva versão ser publicada. A preocupação de Clarice com a linguagem, no entanto, se mantém, haver na descrição de um “atrás do pensamento” não-nomeado uma crítica ao logocentrismo. Dessa forma, o presente artigo busca analisar o que na obra parece aludir a uma forma de pensar a vida, a linguagem e os seres animais que foge do princípio de racionalização e dá um novo sentido ao termo “animalidade”. A partir de questões do animal levantadas por Derrida (2006), o conceito de perspectivismo dado por Viveiros de Castro (1996) e as análises da obra da escritora feitas por Sammer (2020) e Roncador (2002), o artigo também analisará o que na escrita de Clarice parece entrever uma relação particular entre mulheres e animais, passando também pelo conceito de écriture féminine tal como cunhado por Helène Cixous (1976).

Biografia do Autor

Renata Villon, UFRJ/CNPq

Pesquisadora do CNPq e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Literatura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com bacharelado em Línguas Português-Francês pela mesma instituição.

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Publicado

26.08.2022

Como Citar

Villon, R. (2022). Atrás do pensamento: a escrita sem logos de Objeto gritante e Água viva, de Clarice Lispector. DISCURSIVIDADES, 11(2), e1122207. https://doi.org/10.29327/256399.11.2-12