A visão da sociedade patriarcal sobre as mulheres em Tudo é Rio
DOI:
https://doi.org/10.29327/256399.15.2-12Palavras-chave:
Tudo é Rio, Sociedade Patriarcal, MulheresResumo
Este artigo propõe uma análise do livro Tudo é Rio (2021) abordando o que é ser mulher em uma sociedade carregada de expectativas de gênero, fomentada pelo machismo estrutural. Traça-se uma reflexão sobre as personagens femininas, tanto as protagonistas quanto figuras secundárias da obra, destacando momentos em que estas se encontram submetidas a circunstâncias marcadas pelo contexto social que as dominam, como situações relacionadas ao casamento, à maternidade, à sexualidade e ao julgamento social. É visto que, em virtude da rígida estrutura patriarcal, muitas mulheres estão socializadas a contribuírem, ainda que de forma inconsciente, com a manutenção do sistema. Como fundamentação teórica, os principais nomes utilizados foram Bourdieu (2012), Hooks (2018) e Del Priore (2011). A metodologia foi de caráter qualitativo-exploratório, utilizando como delineamento a pesquisa bibliográfica. Percebe-se que Tudo é Rio retrata o pensamento sexista dominante na sociedade de forma crível, sendo possível aproximar a narrativa ficcional da realidade.
Referências
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