A modalidade deôntica em discursos de investidura: uma análise pragmática no contexto político

Autores

Palavras-chave:

Funcionalismo, Modalidade deôntica, Discurso político

Resumo

Este trabalho tem por objetivo fazer uma descrição e análise da modalidade deôntica como recurso discursivo e estratégia argumentativa no discurso político. Para isso, recorre-se à perspectiva funcionalista e à tipologia das modalidades de Hengeveld (2004). Nesse sentido, foram selecionados os discursos de investidura dos candidatos a primeiro-ministro do governo espanhol, totalizando 18 discursos. Após a análise dos discursos de investidura que compuseram o córpus, verificou-se, no que é relativo aos aspectos pragmáticos, que o falante (candidato a primeiro-ministro) opta por não se incluir na instauração do valor modal, instaurando a deonticidade sobre as instituições e/ou reportando a necessidade deôntica de concretização de eventos. Por sua vez, nos casos de inclusão, o falante prefere aproximar-se de seu ouvinte (membros do Parlamento), no intuito de dar voz a coletividade.

Biografia do Autor

André Silva Oliveira, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Doutor em Linguística pela Universidade Federal do Ceará (UFC).  Atualmente, é Professor Adjunto C Nível I de Língua Espanhola da Faculdade de Engenharia, Letras e Ciências Sociais do Seridó da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FELCS/UFRN). 

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Publicado

18.12.2024

Como Citar

Silva Oliveira, A. (2024). A modalidade deôntica em discursos de investidura: uma análise pragmática no contexto político. DISCURSIVIDADES, 16(3), e–1632414. Recuperado de https://revista.uepb.edu.br/REDISC/article/view/3794