Análise histórico-linguística das pesquisas brasileiras sobre a reescrita no contexto do ensino superior entre 1998 e 2018
DOI:
https://doi.org/10.29327/256399.10.1-10Palavras-chave:
Reescrita, Enunciação, Linguística.Resumo
Este trabalho visa analisar os aspectos linguísticos que circundam o processo da reescrita, desde 1998 até 2018, de alunos do nível superior através de artigos científicos que abordem a atividade de rees- crita dos alunos imersos nesse contexto, a fim de suprir lacunas enunciativas relacionadas à refacção. Portanto, este trabalho baseou-se na teoria enunciativa de Émile Benveniste (1989) e sua perspectiva de que a linguagem confere ao indivíduo o status de sujeito. Baseou-se, também, nos estudos de Swiggers (2013) para que houvesse uma análise historiográfica fidedigna dos dados presentes nesse trabalho e, por fim, nos PCN’s (1998) em que o ensino de produção textual foi normatizado, servindo de base para a escolha temporal aqui presente. As análises realizadas de forma descritiva apontaram mudanças significativas ao longo do período estudado, principalmente entre os anos de 2011 a 2013. Como resultado, a normatização exigida pelos PCN’s trouxe avanços no processo da reescrita, a partir do momento que se inclui a visão do ‘outro’ no processo e supre as lacunas presente na refacção.
Referências
ANDRADE, M. S; RIBEIRO, C. O. M. A reescrita de textos como prá- tica de produção textual universitária: a experiência de LPT na UnB. Revista intercâmbio dos congressos de humanidades, Brasília, n. 5, p. 675-691, 2015.
ÂNGELO, M. F. O papel da reescrita de textos no ambiente universitário: uma mediação por meio de novas tecnologias. TCC. Graduação em Letras-Português: Universidade de Brasília, p. 19, 2013.
BENVENISTE, E. Problemas de linguística geral I e II. Campinas, SP: Pontes. 1978-1989.
BERNARDINO, R. A. S; et al. Escrita e reescrita de textos acadêmicos: reflexão sobre os apontamentos de correção do professor. Diálogo das Letras, Pau dos Ferros. v. 3, n. 2, p. 39-58, 2014.
BRASIL. S. E. F. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental: língua portuguesa. Secretaria de Educa- ção Fundamental. – Brasília: MEC/SEF. p. 106, 1998.
BRITO, A. R. A produção escrita no ensino superior. UFPA. p. 65-59, 2007.
CÁLIS, O. G. T. A reescrita como correção: sobras, ausências e inadequações na visão de formandos em Letras. Tese (Doutorado) - Univer- sidade de São Paulo, p. 201, 2008.
CONCEIÇÃO, R. I. S. Correção de texto: um desafio para o professor de português. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 43, n. 2, p. 323-344, 2004.
CONCEIÇÃO, R. I. S. Ensino da escrita: teoria e prática aplicadas à análise dialógica do discurso, à correção e à reescrita textual. GON- ÇALVES, AV; BUIN, E.; CONCEIÇÃO, R.I.S Ensino de Língua Portu- guesa para a contemporaneidade: escrita, leitura e formação de pro- fessores. Campinas, SP: Pontes Editores, p. 113-170, 2016.
CONCEIÇÃO, R. I. S. Reescrita textual: um estudo das operações linguísticas em textos de professores em formação. Linguagem e Ensino, Pelotas, v. 14, n. 1, p. 115-143, 2011.
DINIZ, I. C. Um estudo sobre a correção de texto: Diário de Leitura. Revista de Letras, v. 4, n. 1, 2011, p. 39-55, 2011.
FERREIRA, E. C. A; ARAÚJO, D. L. O (não) funcionamento da rees- crita em textos produzidos por licenciandos em letras. Trabalhos em Linguística Aplicada, v. 53, n. 1, p. 201-224, 2014.
FIORIN, J. L. Uma teoria da enunciação: Benveniste e Greimas. Gra- goatá (UFF). Niterói, v. 22, N. 44, set-dez, p. 970-975, 2017.
FLORES, V. N. et al. Dicionário de Linguística da Enunciação. 1a edi- ção. São Paulo: Contexto, p. 288, 2009.
FLORES, V. N; BARBISAN, M. L. Sobre Saussure, Benveniste e outras histórias da linguística. In: NORMAND, C. p. 7-22; NORMAND, C. (2009) “Convite à linguística”. Org. de Valdir do Nascimento Flores e Leci Borges Barbisan. Trad. de Cristina de Campos Velho Birck et al. São Paulo: Contexto, p. 204, 2012.
GONÇALVES, A. V; PINHO, A. M. Correção Textual em Ambiente Hi- permidiático. Encontro de Ensino Pesquisa e Extensão. Edição 8°. p. 1-20, 2014.
JUCHEM, M. Reescrita de textos no contexto acadêmico: uma concepção dialógica da linguagem. In: Actas do XIII Congreso Internacional de Lingüística Geral. Universidade de Vigo. p. 510-516, 2018.
KÖCHE, V. S; PAVANI, C. F; BOFF, O. M. B. O processo de reescrita na disciplina de Língua Portuguesa Instrumental. Linguagem & Ensino, v. 7, n. 2, p. 141-164, 2004.
MACHADO, I. L. Da Utilidade e Dos Inconvenientes Do Método Para a História Das Idéias Linguísticas. Anais do SETA, n. 4, p. 488-499, 2010.
MARTINS, C. S. M; ARAÚJO, N. M. S. 13 Movimentos de revisão do leitor no processo de escritura acadêmica. Veredas-Revista de Estudos Linguísticos, v. 16, n. 2, p. 203-219, 2012.
MASSONI, M. I. O. Estratégias de interação no ensino do texto dissertativo. ALFA: Revista de Linguística, v. 46, p. 19-38, 2002.
MENEGASSI, R. J. Comentários de revisão na reescrita de textos: componentes básicos. Trabalhos em Linguística Aplicada. Campinas. v. 35, p. 83-93, 2000.
MENEGASSI, R. J. Da revisão a reescrita: operações lingüísticas su- geridas e atendidas na construção do texto. 1998. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade de Ciências e Letras de Assis – Universidade Estadual Paulista, São Paulo. Mimesis, Bauru, v. 22, n. 1, p. 49-68, 1998.
SAUSSURE, F. (1972). Curso de lingüística geral. São Paulo: Cultrix, 1972.
SEGANFREDO, E. Escrita e reescrita de textos de estudantes universitários: narrativa e subjetividade. Orientador: Prof. Dr. Paulo Coimbra Gue- des. p. 153, 2013. Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem) - Instituto de Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre.
SILVA, A. J. História das ideias linguísticas: história, ideias e caminhos. VERBUM. CADERNOS DE PÓS-GRADUAÇÃO, v. 7, n. 1, p. 23- 39, 2018.
SILVA, K. F; GONÇALVES, A. V. A (re) escrita na formação docente: ações e intervenções com o uso de mídia digital. Raído, Dourados, MS, v. 8, n. 16, p. 95-124, 2014.
SILVA, W. R; SANTOS, J. S; MENDES, A. S. Investigação científica na docência universitária: reescrita como uma atividade sustentável na licenciatura. Raído, v. 8, n. 15, p. 71-93, 2014.
SWIGGERS, P. A historiografia da linguística: objeto, objetivos, organização. Confluência. Revista do Instituto de Língua Portuguesa, v. 44, p. 39-59, 2013.
VILELA, P. P. As técnicas mais individualizadas de correção e sua efi- ciência na reescrita de textos acadêmicos. Graduação em Letras. Uni- versidade de Brasília. p. 30, 2013.
ZANUTTO, F; OLIVEIRA, N. A. A produção escrita no ensino supe- rior: interação e gêneros do discurso acadêmico. Grupo de pesquisa: interação e escrita no ensino e aprendizagem (UEM/CNPq). Universidade Estadual de Maringá, p. 11, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Silvana Silva; Joicyane Carolaine das Mercês Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os artigos estão simultaneamente licenciados sob a Creative Commons Attribution 4.0 International Public License (CC BY 4.0) que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da sua autoria e da publicação inicial nesta revista.
b) A revista Discursividades oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.