Um olhar antirracista nas aulas de língua(gem): uma proposta de letramento(s) a partir do gênero conto
DOI:
https://doi.org/10.29327/256399.13.2-5Palavras-chave:
Gênero conto, Antirracismo, LetramentoResumo
Este trabalho visa ampliar o conhecimento dos alunos, promovendo práticas de leitura e escrita em ambientes escolares com ênfase na temática afro-brasileira. Isso é feito através de propostas de letramento orientado para a formação crítica e cívica de alunos do ensino fundamental, sob uma perspectiva multicultural. O objetivo geral é apresentar uma sequência de atividades que promovam a leitura e a escrita, a partir de contos afro-brasileiros, para turmas do oitavo ano do ensino fundamental. Para isso, baseamos nossa investigação nas teorias do Letramento e na temática afro-brasileira, conforme abordadas por autores como Kleiman (1995), Antunes (2009), Coppi (2016), Munanga (2005), Pereira (2016) e outros. Portanto, as atividades propostas neste trabalho, utilizando o gênero conto, têm como objetivo desenvolver a consciência crítica dos alunos, tornando-os agentes sociais colaborativos e atuantes na luta contra o racismo institucionalizado.
Referências
ANTUNES, Irandé. Língua, texto e ensino: outra escola possível. São Paulo: Parábola Editorial, 2009.
BAKHTIN, M. M. O problema dos gêneros discursivos. In: Estética da criação verbal. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes. 2003
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017.
______. Lei nº 10.639. Inclui a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira” no currículo oficial da rede de ensino. Diário Oficial da União, Brasília, 2003.
______. Lei Nº 11.645/08, de 10 março de 2008. Altera a Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Diretrizes e bases da educação nacional. Inclusão no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília, 2008.
______. Parâmetros Curriculares Nacionais: pluralidade cultural e orientação sexual. Secretaria de Educação Fundamental: Brasília, v. 8, 1997.
CANDIDO, A. O direito à literatura. In: CANDIDO, A. Vários Escritos. 5 eds. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul; São Paulo: Duas Cidades, 2011.
CHARTIER, R. A história cultural entre prática e representação. Lisboa: Difel, 1990.
COLOMER, T. Andar entre livros: a leitura literária na escola. São Paulo: Global, 2007.
COPPI, D. dos S. M. Projeto de Letramento: uma concepção social da escrita aplicada ao ensino de Língua Portuguesa. 106 f. 2016. Dissertação (Mestrado Profissional em Letras) – PROFLETRAS. Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira.
COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo: Contexto, 2020.
COSTA, M. S. da. A linguagem literária potencializando fatos cotidianos. In: LINS, J. N. (org.). Estudos na área de linguagem: ensino, pesquisa e formação docente. Recife: EDUFPE, 2016, p. 53-62
Da senzala para a favela: a história do racismo no Brasil, Observatório do 3º Setor. 21 de junho de 2018, Youtube. Disponível em: https: //www.youtube.com/watch?v=0l0cKNkce0g. Acesso em: 13 de ago. 2021.
DUARTE, E. de A. Por um conceito de literatura afro-brasileira. Terceira margem, v. 14, n. 23, p. 113-138, jul./dez. 2010. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/tm/article/view/10953 Acesso em: 02 out. 2021.
GANCHO, Cândida Villares. Como Analisar Narrativas. São Paulo: Ática, 2002.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
KLEIMAN, A. B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In: ______. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995. (Coleção Letramento, Educação e Sociedade).
KOCH, I. V.; ELIAS, V. M. Ler e Escrever: estratégias de produção textual. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2015.
______. Ler e Compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2008
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, A. P.; MACHADO, A. R.; BEZERRA, M. A. (org.). Gêneros textuais & ensino. São Paulo: Parábola Editorial, 2010, p. 19-36.
MOSCOVICI, S. Representações sociais: investigações em Psicologia social. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.
MOURA, C. Ideologia do branqueamento das elites brasileiras e dilemas da negritude. In: BRASIL. Raízes do protesto negro. São Paulo: Global, 1983, p. 40-46 e 100-105.
MUNANGA, K. Superando o racismo na escola. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005.
PEREIRA, D. S. O conto afro-brasileiro na sala de aula: uma proposta sob a perspectiva do letramento literário. 2016. 101f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação Profissional em Letras - PROFLETRAS) - Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira, 2016.
ROSSI, Cido. SYLVESTRE, Fernanda Aquino (orgs.) O Fantástico Como Textualidade Contemporânea. 1ª ed / Uberlândia–MG: Edibrás, 2019.
SANTANA, Patrícia. Minha mãe é negra sim!. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2008.
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
SILVA, J. P. N. A leitura e a escrita acionadas pelo gênero conto no 9° ano do ensino fundamental. 2019. 193f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação Profissional em Letras - PROFLETRAS) - Universidade Estadual da Paraíba, Guarabira.
SOBRAL, Cristiane. Pixaim. Rio de Janeiro, 24 de Janeiro de 2011. Disponível em: Acesso em: 08 ago. 2021.
VIANNA, C. A. Dias; SITO, L.; VALSECHI, M. C.; PEREIRA, S. L. M. Do letramento aos letramentos: desafios na aproximação entre letramento acadêmico e letramento do professor. In: KLEIMAN, A. B.; ASSIS, J. A. (org.). Significados e ressignificações do letramento: desdobramentos de uma perspectiva sociocultural sobre a escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2023 André Luiz Souza-Silva; Paulo Fernando José Soares da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os artigos estão simultaneamente licenciados sob a Creative Commons Attribution 4.0 International Public License (CC BY 4.0) que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da sua autoria e da publicação inicial nesta revista.
b) A revista Discursividades oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.