Tatoo - do submundo à ‘arte’ - prática de subjetivação inscrita na pele
DOI:
https://doi.org/10.29327/256399.13.2-6Palavras-chave:
Tatuagem. Arte. Sujeito/subjetivaçãoResumo
Numa sociedade plural, sofremos, constantemente, uma grande modificação social adaptativa. Diante disso, nesse trabalho, investigaremos, na prática discursiva da tatuagem, como os sujeitos irrompem novas formas de se ver e novos estilos de viver. Para essa investigação, analisaremos perfis do Instagram de tatuadores atuantes em 2023. A questão que nos instiga versa sobre a escrita no corpo (tatuagem) como uma prática discursiva que há pouco tempo lutava contra as diversas formas de objetivação e exclusão, mas que, contemporaneamente, ganhou os corpos através das técnicas de si para si atravessados pelo discurso da arte. A teoria que nos auxilia é o da Análise discursiva Foucaultiana. A escolha se justifica devido essa teoria acolher que o processo de subjetivação deve ser entendido como práticas refletidas e voluntárias que não somente fixam regras de conduta, mas também procuram transformar-se, modificar-se em seu singular, fazendo de sua vida uma obra portadora de certos valores estéticos correspondente a certos critérios de estilo.
Referências
BAUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista à Benedetto Vecchi. Rio de Janeiro: J. Zahar Editor, 2005.
BRETON Le, David. Sinais de identidade: tatuagens, piercings e outras marcas. Trad. Tereza Frazão. Lisboa: Miosótis, março, 2004.
COURTINE, J. J.; CORBIN, A.; VIGARELLO, G. História do corpo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. v. 3: As mutações do olhar: século XX.
FERNANDES, C. A. Discurso e sujeito em Michel Foucault. São Paulo: Intermeios, 2012.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Tradução de Roberto Machado. 14ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979 .
FOUCAULT, M. História da sexualidade 3: o cuidado de si. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1985.
FOUCAULT, História da sexualidade 2: o uso dos prazeres. Tradução Maria Thereza da Costa Albuquerque. Rio de Janeiro: edições Graal, 1984.
FOUCAULT, M. Resumo dos cursos do collége de france (1970-1982); trad. Andréa Daher. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
FOUCAULT M. A hermenêutica do sujeito. Tradução de Márcio Alves Fonseca e Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
FOUCAULT, M. A ordem do discurso. 20ed. São Paulo: Loyola, 2010.
GREGOLIN, R. Foucault e Pêcheux na análise do discurso: diálogos e duelos. São Carlos, SP: Claraluz, 2004.
MACHADO, R. Por uma Genealogia do Poder. In: Microfísica do poder. Tradução de Roberto Machado. 14ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
MARQUES, T. O Brasil tatuado e outros mundos. Rio de Janeiro: Rocco,1997.
ORLANDI, Eni P. À flor da pele: indivíduo e sociedade. In: MARIANI, Bethania (Org.). A escrita e os escritos: reflexões em análise do discurso e psicanálise. São Carlos, SP: Claraluz, 2006, p. 21-30.
ORTEGA, F. O corpo incerto: corporeidade, tecnologias médicas e cultura contemporânea. Rio de Janeiro: Garamond, 2008.
PIRES, B. F. O corpo como suporte da arte: piercing, implante, escarificações, tatuagem. São Paulo: Senac, 2005.
RAMOS, C. M. A. Teorias da tatuagem: corpo tatuado: uma análise da loja Stoppa Tatoo da Pedra. Florianópolis: UDESC, 2002.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Categorias
Licença
Copyright (c) 2023 Edileide Godoi

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os artigos estão simultaneamente licenciados sob a Creative Commons Attribution 4.0 International Public License (CC BY 4.0) que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da sua autoria e da publicação inicial nesta revista.
b) A revista Discursividades oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.