Os espaços da negritude: percurso da mulher negra em Solitária, de Eliana Alves Cruz

Autores

Palavras-chave:

Solitária; Eliana Alves cruz; Mulher negra.

Resumo

Ao longo da literatura brasileira é possível observar os vários espaços de segregação nos quais a mulher negra foi inserida, bem como, as insurgências promovidas para reverter tais posições. A literatura negro-brasileira, conforme conceitua Cuti (2010), é um dos espaços de maior visibilidade das demandas da negritude nas e por meio das artes. O presente estudo visa refletir a respeito da figura da mulher negra brasileira apresentada no romance Solitária (2022), de autoria da escritora negra Eliana Alves cruz. Dessa forma, por meio de pesquisas bibliográficas, discutiremos questões como o racismo estrutural, os mecanismos patriarcais e as organizações ou partilhas sociais. A pesquisa têm como eixos norteadores os estudos de Sílvio de Almeida (2019); bell hooks (2022); Rancière (2009); Sueli Carneiro (2020); Lélia Gonzalez (2020), entre outros intelectuais que debatem a negritude. Vozes como a de Eliana Alves Cruz fazem ecoar as potências das subjetividades negras, presenças urgentes nas discussões em sala de aula na atualidade.

Biografia do Autor

Roberta Tiburcio Barbosa, Universidade Estadual da Paraíba

Tem Doutorado em Literatura e Interculturalidade (UEPB). Professora de Língua Portuguesa.

Referências

ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro; Polén, 2019.

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Publicado

20.04.2024

Como Citar

Tiburcio Barbosa, R. (2024). Os espaços da negritude: percurso da mulher negra em Solitária, de Eliana Alves Cruz. DISCURSIVIDADES, 14(1), e–1412409. Recuperado de https://revista.uepb.edu.br/REDISC/article/view/2939